O “sacrossanto” da Opinião Pública
Os institutos de pesquisas ocuparam um espaço privilegiado da agenda midiática brasileira desde a redemocratização do País. A capacidade dos institutos apresentarem, em números, como as pessoas estão pensando, sentindo e agindo, garantiu aos mesmos a condição de detentores de informações valiosas para o jogo político.
Os dados obtidos pelas pesquisas podem ser importantes no apontamento de tendências e no suporte a Partidos Políticos e candidatos para a formulação de estratégias eleitorais mais assertivas, mas não devem ser considerados definitivos nem mesmo na véspera de uma votação.
Inicialmente, porque, a rigor, dificilmente teríamos uma “opinião pública” formada a partir de uma discussão racional de temas e escolhida pela maioria dos participantes do debate, o que garantiria uma maior estabilidade e longevidade dos resultados.
Portanto, o que as pesquisas captam são posições voláteis, formadas, na maioria das vezes, no espaço privado. Essas disposições manifestadas pelos pesquisados se alteram ao sabor dos acontecimentos, extremamente velozes em um ambiente de disputa.
Além disso, nem sempre o rigor metodológico necessário para garantir a fidedignidade das informações está contemplado na elaboração do projeto ou claramente exposto na divulgação dos resultados.
Enfim, a exposição de estatísticas sobre a corrida eleitoral pode contribuir para a formatação de uma plataforma, mas não pode ser considerado intocável, imutável, principalmente em cenários de incertezas como o que estamos vivenciando no Brasil.
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