Com mais de um milhão de seguidores no Instagram, Evila Muniz, influencer e humorista, tem conquistado cada vez mais a Internet com seu conteúdo espontâneo e divertido sobre diferentes assuntos. Em entrevista ao portal GCMAIS, Evila falou sobre a sua trajetória e sobre a importância de acreditar no próprio talento.

Natural de Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza, Evila conta que sempre teve o sonho de fazer teatro e por isso, ainda no Ensino Médio, começou a criar vídeos para o YouTube. Na época, ela fazia tudo: gravava, editava, publicava… Em seus vídeos, Evila mostrava os tipos de pessoas, assumindo diversos personagens e diferentes realidades. 

“O teatro me mostrou isso de viver alguns personagens e ver que eu não posso ter um pensamento só, eu posso ter vários, entender várias situações”, partilha.

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Contudo, o tempo foi passando e Evila parou de produzir conteúdos para a plataforma. Só quando já estava na faculdade de jornalismo, Evila voltou a fazer vídeos. Dessa vez, a influencer passou a explorar um novo formato: dublagem de músicas. Toda a sua espontaneidade ela começou a expressar em seus vídeos.

“Eu tento sempre mostrar para as pessoas que todo mundo é capaz de um dia ir para qualquer lugar e ser do jeito que ela é. Não ficar se portando de uma maneira só porque o lugar é chique, só porque vai uma galera chata, tem que ser você independente de lugar que você esteja”

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Criadora do TikTok?

Inclusive, a influencer brinca dizendo que foi a criadora do TikTok, pois, quando a rede social nem existia, ela já fazia vídeo dublando sucessos musicais e criando coreografias. 

E foram seus amigos que pediram para que ela mostrasse esse “jeito Evila” de ser no dia a dia também no Instagram. Foi aí que ela decidiu investir na produção de conteúdo para a rede social. A ideia deu muito certo. Atualmente, Evila tem mais de um milhão de seguidores.

Qual o conteúdo da Evila Muniz?

Evila se define como humorista, porém ela, além de fazer rir, canta, dança e atua. Talento não falta. Em relação ao conteúdo que publica em seu perfil, Evila comenta que tem abordado de forma leve o tema da sexualidade, algo que antes tinha receio de fazer. “Hoje eu não tenho esse pensamento, hoje eu sou e eu tenho que falar sim, porque tem muitas pessoas que me assistem”, ressalta.

Ela ainda reforça: “hoje em dia eu tenho essa responsabilidade porque eu tenho um público muito grande, cerca de noventa por cento, de pessoas que são LGBT e que tentam levar essa realidade para a família, tentam contar e não sabem, então eu acho que essa responsabilidade é minha.”

O humor em todas as situações

Contudo, a artista entende que ser engraçada não é ficar se desfazendo das pessoas. Ela percebeu ao longo da sua jornada rumo ao milhão que precisaria fazer humor sem utilizar muito palavrão. “Eu abordo todo tipo de assunto mais dentro do humor, para galera ver que todo tipo de assunto e toda situação pode conter algo novo”.

“Na minha vida, literalmente, eu tiro o humor de todas as situações. O dia inteiro, de tudo, inclusive, eu creio que um dos enterros mais engraçados que já existiu foi do meu vô, a gente foi rindo do começo ao fim, da hora que o caixão chegou até a hora de enterrar ele. Sorrir hoje em dia é a coisa mais cara que você pode pagar na vida.”

O primeiro “recebido” da Evila Muniz

O primeiro recebido da Evila Muniz foi um pacote de macarrão. Ela se diverte ao contar que uma empresa, de Maracanaú, chegou a fazer contato com ela quando apenas pouco mais de dois mil seguidores acompanhavam suas “arrumações” no Instagram.

“Eu recebi o macarrão, fiz um vídeo em que eu aparecia na calçada dizendo: cadê o macarrão que não chega?”, conta a influenciadora, lembrando da queda que levou ao fazer a cena. Contudo, Evila lembra que até hoje tem essa parceria com a empresa de massas.

Todo nós somos influenciadores

Evila aprendeu também a acreditar no próprio talento e também a incentivar outras pessoas nessa a desenvolver seus dons. De acordo com a humorista, qualquer pessoa pode se tornar um influenciador, tanto de coisas boas quanto de coisas ruins. Por meio do humor, ela tenta sempre focar no que é bom, mesmo em meio aos desafios que existem no Brasil para quem quer crescer nessa área.

“Então, no nosso País ser mulher, ser lésbica e ser humorista é bem complicado, mas eu tento o tempo inteiro mostrar para as pessoas que o humor não é uma coisa ruim. A gente é do Ceará e o humor do Ceará é muito escrachado. Então, eu tento mostrar de uma maneira mais de boa que não existe só um tipo de humor, que não é só humorista que é desse jeito, tem vários tipos”, relata.

Entrevista com Evila Muniz

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