A cantora Solange Almeida abriu o jogo sobre sua dependência em cigarros eletrônicos, conhecidos como vape, e deu detalhes de momentos dolorosos que passou por conta do vício, em entrevista exclusiva ao Domingo Espetacular, da Record, no domingo (17).
“Eu me vi no meio do olho do furacão sem conseguir deglutir, sem conseguir dormir, sentindo uma falta de ar absurda por causa do uso e depois em decorrência da falta do uso, da abstinência do cigarro”
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No Brasil a venda do vape, os cigarro eletrônicos, é proibida. Mesmo assim, eles viraram febre, principalmente, entre os jovens, que ignoram os efeitos nocivos do produto à saúde. Solange Almeida, uma das maiores cantoras de forró do Brasil, conheceu bem os males da dependência. Ela teve problemas na voz, depressão e crises de pânico. À reportagem, Solange revelou em detalhes o que passou para se livrar do vício que colocou até a carreira dela em perigo.
“Qualquer motivo era motivo de eu ter uma crise de ansiedade e correr pro hospital. E tinha que ficar tudo em off, porque eu não queria que as pessoas soubessem daquele momento fraco que eu estava vivendo”, desabafou Solange.
Antes de começar o tratamento, ela havia determinado que encerraria sua carreira por causa das sequelas do vício: “Perdi toda vontade do mundo de cantar, já tinha determinado que nunca mais ia cantar. Eu não conseguia atingir os os tons com a mesma facilidade, comecei a ficar com a mucosa ressecada, comecei a ter dificuldade para cantar e dificuldade para respirar”.
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Solange Almeida relatou que seu vício em cigarros eletrônicos começou em 2020, porque o odor e o sabor do cigarro eletrônico eram mais “atrativos” do que o cigarro convencional. Apesar de o produto ser proibido no Brasil até então, ela passou a comprá-lo regularmente: “Eu comecei a virar consumidora real, de comprar e pagar um valor absurdo para ter cigarro eletrônico em casa. Eu acho que por mês eu tinha em torno de 15”.
“Eu esperava o meu marido dormir para fazer uso do cigarro. Eu acordava para ir ao banheiro e fazia uso do cigarro. Acordava cedo, ia para a padaria e já tinha um cigarro eletrônico dentro do carro para que eu usasse. A coisa estava fugindo completamente do meu controle”, disse.
Segundo ela, o vício não demorou muito a aparecer. “Quando eu fui ver, quando fui dar conta de como eu estava, eu já estava, digamos, realmente viciada naquilo, sabe? De acordar com ele do meu lado, na cabeceira da minha cama. Começou em uma festa particular e vi aquilo: ‘que interessante! Não tem nicotina! Não tem não? Me dê aqui! É um vaporzinho e não sei o quê’. Rapaz, meu amor, saborzinho que quase perdi foi tudo… De o meu pulmão ficar lascado, entendeu? Quem passou por isso foi o Zé Neto, e passei a mesma coisa, porém foi algo de que eu estava esperando o momento certo para falar”, explicou.
Solange Almeida teve problemas com cigarros eletrônicos, já Zé Neto teve sequelas do vício
O sertanejo Zé Neto Toscano, da dupla com Cristiano, também enfrentou sérias consequências pelo uso de cigarros eletrônicos. O cantor sofreu com um “foco de vidro no pulmão” e teve que passar por um tratamento no final de 2021.
Essa sequela é caracterizada por uma alteração no pulmão que pode ser de origem infecciosa ou não. Além de consumir com frequência cigarros eletrônicos, ele também contraiu Covid-19, o que pode ter piorado o quadro.
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