O cantor paraibano Zé Ramalho será homenageado no Café Concerto, programa da Atlântico Sul FM 105,7, no sábado (23), às 9h, com reprise no domingo (24), às 10h. O nordestino nasceu em 3 de outubro de 1949, em Brejo da Cruz (PB).
A carreira artística do filho do seresteiro Antônio de Pádua Pordeus Ramalho e da professora primária Estelita Torres Ramalho começou como Zé Ramalho da Paraíba, cantando em conjuntos de baile inspirados na jovem guarda e no rock inglês.
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Do rock’n’roll ao forró
O interesse pelos violeiros e pala literatura de cordel só surgiria depois, ao participar da trilha sonora do filme “Nordeste: cordel, repente e canção”, de Tânia Quaresma, em 1974.
A partir dessa experiência o artista encontrou o caminho da mistura entre os elementos nordestinos e roqueiros, que influenciaram toda sua carreira: do rock’n’roll ao forró. Em 1976 ele se mudou para o Rio de Janeiro, no intuito de ampliar suas possibilidades na carreira musical.
Em 1977, Zé Ramalho gravou seu primeiro álbum, auto-intitulado “Zé Ramalho”, com o sucesso “Avôhai”. A música “Vila do Sossego” e a obra prima “Chão de Giz” estão entre as faixas.
A Peleja do Diabo com o Dono do Céu
No ano seguinte, em 1979, o artista lançou seu segundo álbum, “A Peleja do Diabo com o Dono do Céu”, trazendo músicas como “Admirável Gado Novo”, “Beira-Mar”, “Garoto de Aluguel”, “Jardim das Acácias” e “Frevo Mulher”.
Em 1980 ele se mudou do Rio de Janeiro para Fortaleza, onde escreveu e publicou o livro de poesias “Carne de Pescoço”, do qual saíram várias parcerias ao longo de 40 anos.
Em 1981, já na capital cearense, lançou o terceiro álbum, “A Terceira Lâmina” e no ano seguinte, em 1982, lançou o disco “Força Verde”. Em 1983, lançou “Orquídea Negra”, com música-título da autoria de Jorge Mautner. No final daquele voltou a morar no Rio de Janeiro.
Mistérios da meia-noite
Em 1990 e 1991, Zé fez shows nos Estados Unidos para plateias brasileiras, por ocasião do evento de Halloween, impulsionados pelo sucesso de “Mistérios da meia-noite”. Em 1991, ele gravou seu décimo álbum pela Sony Music, “Brasil Nordeste”, e novamente retornou ao sucesso com a interpretação da música “Entre a Serpente e a Estrela”.
Em 1992 lançou o décimo-primeiro álbum, “Frevoador”. A música-título é uma versão de Zé Ramalho para “Hurricane” de Bob Dylan.
O primeiro lançamento de Zé Ramalho no século XXI, abrindo o terceiro milênio, foi “Zé Ramalho canta Raul Seixas”. Em 2002 a Som Livre lançou a compilação “Perfil”, com grande sucesso de vendas. Neste mesmo ano, Zé gravou e lançou seu décimo-oitavo álbum, “O Gosto da Criação”, com músicas inéditas.
Indicações ao Grammy Latino
“Estação Brasil” foi lançado em 2003, trazendo 20 sucessos com suas influências brasileiras. Em 2007 Zé Ramalho gravou “Parceria dos Viajantes” com convidados no CD e no DVD, que foi indicado ao Grammy Latino na categoria “melhor álbum de canção popular”.
Em 2008 Zé lançou, pelo selo “Discobertas” , um álbum ao vivo, gravado em 1976, chamado “Zé Ramalho da Paraíba”, seguido pela homenagem ao cantor Bob Dylan. O álbum também recebeu indicação ao Grammy latino, desta vez na categoria ‘Melhor Álbum de Pop Rock”.
Em 2016 Zé lançou o box “Zé Ramalho voz e violão – 40 anos de música”, pela associação dos selos Avôhai Music/Discobertas, em comemoração aos 40 anos de carreira. Em 2017, foi lançado o box “Zé Ramalho Anos 70” (Avôhai Music/Discobertas).
Em 2020, Zé lançou “Zé Ramalho Cine Show Madureira”, um álbum ao vivo, gravado 40 anos antes, em 1979. “Zé Ramalho na Paraíba”, CD e DVD ao vivo, foi lançado também em 2019.
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