Uma mulher que vive em uma casa abandonada em Higienópolis, um dos bairros mais ricos de São Paulo, se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. O mais curioso é que ela disfarça o rosto com uma pomada branca. Além disso, é acusada de ter cometido um crime dos mais hediondos, ocorrido duas décadas atrás. Esses são alguns elementos dessa história misteriosa.
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A moradora da mansão é brasileira. Ela escapou da lista do FBI (Federal Bureau of Investigation) por acusação de crimes que cometeu nos Estados Unidos entre a década 1970 e a virada dos anos 2000. Entre as denúncias, a mulher e seu marido foram acusados de deixar uma de suas empregadas em situação similar a escravidão. Segundo relatos da época, a vítima não recebia salário, não tinha assistência médica e ainda era maltratada pelo casal. O marido, engenheiro da Nasa, foi preso. Entretanto, a moça misteriosa conseguiu escapar.
Sem destino, procurou refúgio na propriedade da sua família: uma casa abandonada em um bairro rico de São Paulo, no Brasil. Sim, ela é uma milionária que conseguiu fugir da Justiça de dois países e que há 24 anos se refugiou na mesma mansão em que cresceu, mas que sem manutenção se degradou com o tempo. A casa está cercada por mato, sem um pedaço do teto, sem água encanada e sem esgoto. A situação é tão degradante, que os vizinhos entraram com um pedido na Justiça para limpar o quintal.
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A mulher da casa abandonada: conheça o crime
Na casa grande do casal de brasileiros Margarida, o verdadeiro nome da mulher da casa abandonada, e Renê Bonetti, vivia a também brasileira Hilda dos Santos. Em 1979, a empregada foi levada pelos Bonetti para os EUA. Desde então foi tratada como escrava: trabalhava de domingo a domingo sem salário e apanhava de acordo com o humor dos portões.
A moça era mantida ilegalmente no país. Tudo isso Hilda afirmou à Justiça, onde o caso chegou graças ao padre brasileiro Ademir Guerini, que vive em Washington. Margarida está foragida na casa abandonada da família e o engenheiro brasileiro Renê Bonetti foi condenado pela justiça norte-americana a uma pena de 6,5 anos.
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