MÚSICA

Café Concerto deste final de semana apresenta os principais sucessos de Belchior

Belchior nasceu em Sobral, no Ceará, e foi um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a fazer sucesso nacional.

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7 de outubro de 2022
Portal GCMAIS

O Café Concerto deste fim de semana vai apresentar os principais sucessos do cantor cearense Belchior. O programa será transmitido na rádio Atlântico Sul FM 105,7, neste sábado (8), às 9h, com reprise no domingo (9), às 10h.

Café Concerto deste final de semana apresenta os principais sucessos de Belchior
Belchior produziu mais de 20 discos em 40 anos de carreira. (Foto: Reprodução)

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Início

Antônio Carlos Belchior cresceu em meio a uma família de músicos e poetas. Ainda criança, recebeu influência dos cantores do rádio como: Ângela Maria, Cauby Peixoto e Nora Ney. Foi programador de rádio em Sobral e, em 1962, aos 16 anos, se mudou para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Humanidades e iniciou Medicina, abandonando a faculdade no 4.º ano, para dedicar-se à carreira artística. Na capital cearense, Belchior ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Ednardo e Amelinha.

Aos 25 anos, Belchior se mudou para o Rio de Janeiro, quando se uniu aos também cearenses Fagner e Ednardo, abraçando de vez a música. Nos anos seguintes, estourou nos festivais de Música Popular Brasileira, onde venceu o Quarto Festival Universitário da MPB, com a canção “Na Hora do Almoço”, interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles. Em São Paulo, compôs canções para alguns filmes de curta-metragem.

Sucesso nacional

Em 1972, Elis Regina gravou “Mucuripe”, composição de Belchior e de Fagner. Foi a partir de então que o artista se tornou conhecido nacionalmente. O álbum Alucinação, de 1976, consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como “Velha Roupa Colorida”, “Como Nossos Pais”, “A Palo Seco” e “Apenas um Rapaz Latino-Americano”. Graças a estes hits, Alucinação vendeu 30 mil cópias em apenas um mês. O disco é considerado por vários críticos musicais como o mais revolucionário da história da MPB e um dos mais importantes de todos os tempos para a música brasileira.

Autoexílio

Em 2005 Belchior conheceu Edna Prometheu no ateliê do amigo comum. No ano seguinte, ele parou de agendar shows e se afastou da vida pública. O artista deixou um carro no estacionamento do aeroporto de Congonhas, pegou um avião e tornou-se um nômade entre Brasil e Uruguai. Belchior se afastou de amigos, familiares e da carreira, vivendo exilado, morando de favor na casa de fãs e procurado pela polícia pelo não pagamento de pensão alimentícia.

Morte

O cantor faleceu em 30 de abril de 2017, aos 70 anos, na cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. A causa da morte foi um aneurisma da aorta, a principal artéria do corpo humano. O Ceará decretou luto oficial de três dias. O governo estadual providenciou o traslado do corpo, garantindo assim, o desejo do cantor de ser enterrado no Ceará, velado em Sobral, sua cidade natal, e sepultado em Fortaleza.

As canções de Belchior, se tornaram obrigatórias em qualquer antologia da música brasileira. O sobralense foi um artista enigmático, mas também revelou sentimentos que embalaram gerações. Ele compôs letras que retratam o amor, as angústias da juventude, a saudade de casa e a dureza das cidades, mas também soube refletir sobre política e sociedade em uma produção de mais de 20 discos em 40 anos de carreira.

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