Desfiles do Grupo Especial comeƧam Ć s 22h
Arlindo e Zeca: SapucaĆ tem homenagem a sambistas neste domingo
Os desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro vĆ£o comeƧar, neste domingo (19), com tributos a duas figuras emblemĆ”ticas e queridas do samba carioca: Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho.
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O ImpĆ©rio Serrano serĆ” a primeira escola a desfilar, e trarĆ” a homenagem ao compositor e cantor de sambas icĆ“nicos Arlindo Cruz. Entre suas obras mais famosas estĆ” a canĆ§Ć£o Meu Lugar, em que o sambista exalta o bairro de Madureira, terra natal da verde e branco, que ainda Ć© citada na letra da mĆŗsica.
Leia tambĆ©m |Ā ProgramaĆ§Ć£o do Carnaval de Salvador desta terƧa-feira (21)
O carnavalesco Alex de Souza Ć© o responsĆ”vel pelo desenvolvimento da homenagem, que marca a volta do ImpĆ©rio Serrano ao Grupo Especial, depois de ter sido campeĆ£o da SĆ©rie Ouro.
āO desfile conta a trajetĆ³ria musical de como ele se transformou nesse grande compositor e intĆ©rpreteā, explica Souza. āMostramos, a partir da mĆŗsica Meu Lugar, tudo que Ć© relacionado Ć histĆ³ria dele. Os lugares de Arlindoā.
Escola de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a Grande Rio vai trazer Zeca Pagodinho para a avenida. O sambista Ć© famoso por promover churrascos em XerĆ©m, bairro de Caxias, e seu repertĆ³rio tambĆ©m farĆ” parte do desfile, com versos em referĆŖncia a hinos como Deixa a vida me levar e Quando a gira girou.
A cerveja, marca dos shows de Zeca Pagodinho, tambĆ©m nĆ£o vai ficar de fora do desfile, assim como sua devoĆ§Ć£o por SĆ£o Jorge e Ogum, entidades celebradas nas religiƵes de matriz africana e na Igreja CatĆ³lica. A trajetĆ³ria do cantor vai ser contada desde seu passado, quando foi feirante e apontador do jogo do bicho.
Bahia na SapucaĆ
A noite deste domingo tambĆ©m terĆ” como grande homenageada a Bahia, presente nos enredos da Unidos da Tijuca e da Mangueira. A Tijuca farĆ” carnaval sobre as Ć”guas da BaĆa de Todos Santos, que banha Salvador, enquanto a Verde e Rosa vem para a SapucaĆ com o enredo As Ćfricas que a Bahia canta, tratando da ancestralidade negra na terra em que nasceu o samba, que, segundo a Mangueira, āfoi morar onde o Rio Ć© mais baianoā.
A Unidos da Tijuca serĆ” a terceira escola a entrar na avenida e contarĆ” toda a histĆ³ria que se passou na BaĆa de Todos os Santos, terra dos indĆgenas tupinambĆ”s, da primeira capital do Brasil ColĆ“nia, lugar de muita resistĆŖncia e de uma rica contribuiĆ§Ć£o para a cultura nacional. O samba da escola promete āum banho de axĆ©, para purificar, um banho de axĆ©, nas Ć”guas de OxalĆ”ā.
JĆ” a Mangueira pretende focar na construĆ§Ć£o da musicalidade e das instituiƧƵes carnavalescas negras, processos que tiveram protagonismo de mulheres negras nas lutas contra intolerĆ¢ncia, racismo e pelo fortalecimento da identidade afrobrasileira. A histĆ³ria do carnaval e a trajetĆ³ria de luta por dignidade e direitos antes e depois da aboliĆ§Ć£o se misturam no desfile e chegam aos blocos afro da atualidade.
O Salgueiro tambĆ©m atravessa a MarquĆŖs de SapucaĆ no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial e traz sua cor em destaque no enredo DelĆrios de um ParaĆso Vermelho, que fala sobre liberdade e imagina os tambores de sua bateria substituindo as trombetas do apocalipse na chegada de um paraĆso sem culpa e moralismos. O desenvolvimento do tema fica a cargo do carnavalesco Edson Pereira, que preparou um desfile com referĆŖncias religiosas, como a maĆ§Ć£ de AdĆ£o e Eva, vermelha, e imagina um novo Ćden, em ĆŖxtase, como uma interminĆ”vel noite de carnaval.
Confira o horƔrio em que cada desfile comeƧa:
ImpƩrio Serrano: 22h
Grande Rio: 23h
Mocidade: 0h
Unidos da Tijuca: 1h
Salgueiro: 2h
Mangueira: 3h
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