Após estourar no meio gospel, Jotta A assumiu sua transexualidade e relatou a experiência com as transformações em seu corpo. “Foi um grande impacto me ver após as cirurgias, principalmente ao ver meus seios pela primeira vez. Apesar do inchaço por conta da cirurgia ser recente, tocar no meu corpo foi como me sentir realmente viva, me sentir eu mesma. Ainda estou na fase de ficar me namorando no espelho”, relatou a artista, que, agora, se chama Ella.
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A ausência de referência também dificultou as representações de Ella. “Pela falta de referência de mulheres trans no meu ciclo familiar e de amizades, eu nunca tinha visto uma mulher trans quando criança. Não sabia que era possível ser uma pessoa transexual. A única sensação que eu sentia é que eu não pertencia aquele gênero que me foi designado quando nasci. Quando eu ficava sozinha, colocava as roupas da minha mãe, me maquiava e com uma camisa na cabeça, simulava que poderia ser uma mulher. Sem mesmo saber que aquilo poderia ser real. Na adolescência, comecei a conhecer pessoas LGBT’s na escola. Mesmo assim, não havia colegas assumidamente trans, acredito que por medo do preconceito. Meu primeiro contato com uma pessoa trans foi na juventude. Foi uma aproximação intensa porque eu já estava com uma vida formada, cômoda e inserida em um meio religioso que, a meu ver, jamais aceitaria que eu fosse uma daquelas meninas que conheci. Desde que assumi minha homossexualidade em 2020, sentia que precisava de mais. Me tornar uma mulher foi libertador e ver essa mudança no espelho é uma realização”, concluiu. As declarações foram dadas em entrevista à Quem.
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