O filme brasileiro intitulado “A Flor do Buriti”, produzido por Renée Nader Messora e João Salaviza, recebeu um prêmio no Festival de Cannes 2023, na França, na noite de sexta-feira (26). O longa foi premiado com o Prix D’ensemble (Prêmio de Melhor Equipe) na mostra “Um Certo Olhar” (Un Certain Regard).
A obra cinematográfica, uma produção da empresa mineira Entre Filmes, estreou em 23 de maio e retrata os últimos 80 anos da história dos Krahô, um povo indígena que reside no norte do Tocantins, na fronteira com o Maranhão e o Piauí.
O filme brasileiro que recebeu prêmio no Festival de Cannes deste ano aborda diversas formas de resistência, incluindo a luta pela terra, a busca por maior liberdade, a preservação de rituais ancestrais e da natureza nas comunidades onde vivem. Um evento marcante na trama é o massacre ocorrido em 1940, no qual se estima que fazendeiros da região tenham tirado a vida de pelo menos 26 pessoas do povo Krahô.
Além do prêmio principal da noite, concedido a “How To Have Sex”, de Molly Manning Walker, o troféu Nova Voz foi para “Augure”, de Baloji. “Goodbye Julia”, de Mohamed Kordofani, foi vencedor na categoria de prêmio Liberdade. “The Mother Of All Lies”, de Asmae El Moudir, recebeu o prêmio de melhor direção, enquanto “Hounds”, de Kamal Lazraq, foi agraciado com o prêmio do júri.
O Festival de Cannes prossegue neste sábado (27) com a disputa pelo prêmio mais cobiçado, a Palma de Ouro. O cineasta brasileiro Karim Aïnouz concorre com o filme britânico “Firebrand”, que conta com a presença dos renomados atores Jude Law e Alicia Vikander no elenco. A trama aborda a história da sexta e última esposa do rei Henrique VIII, durante o período da dinastia Tudor, que busca promover crenças protestantes radicais na nação inglesa.
*Com informações da Agência Brasil.
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