O músico cearense Waldonys, faz participação especial no mais recente trabalho de Marisa Monte, o disco Portas Raras (ao vivo), captadas ao longo da turnê Portas (2022 / 2023). O álbum, que já está disponível nas plataformas digitais, conta com sete músicas que não faziam parte do setlist, mas foram incorporadas ao longo dos shows.
O acordeonista e cantor cearense divide o palco e o microfone em duas canções: Lamento Sertanejo, clássico de Dominguinhos e Gilberto Gil, e A Vida de Viajante, parceria de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil.
“Eu fico muito honrado em participar desse projeto, de dividir o palco com uma das maiores artistas da música popular brasileira, respeitada e amada internacionalmente. Nossa parceria vem desde 1990, quando participei do Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão. Considero Marisa Monte minha amiga, minha irmã. E acredito que nada acontece por acaso. Este trabalho está de um capricho, de uma elegância… curtam sem moderação”, brinca Waldonys.
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Trajetória na música
O amor às raízes nordestinas é evidenciado no trabalho de Waldonys desde o início de sua carreira. Nascido em Fortaleza em 1972, começou a tocar acordeon ainda criança. Suas referências musicais foram construídas bebendo na fonte dos menestréis da sanfona no Nordeste, Dominguinhos e Luiz Gonzaga, seu padrinho de profissão, que desde cedo identificou o seu potencial artístico e viu nele a possibilidade de manter viva a tradição deste instrumento.
Hoje consagrado na cena musical, já tendo cruzado continentes com sua sanfona, companheira inseparável de jornada, Waldonys expressa em seu cantar o anseio por construir novos olhares sobre a região, que se sobreponham à sequidão e à terra ardente, de forma a conduzir o público à contemplação do belo e do simples, que também permeiam tais cenários. Com igual desenvoltura com que interpreta o forró de raiz, através dos foles de sua sanfona, passeia por outros ritmos e estilos que viajam o mundo.
Conhecido no meio musical e entre familiares e amigos como um amante da música e também da arte de voar, Waldonys cruza os céus em arrojadas manobras acrobáticas a bordo do seu avião e em seus saltos de paraquedas, no qual já contabiliza mais de 3000 saltos, fazendo assim da atividade aeronáutica uma arte. Hoje, há shows conjugados: um nos céus; outro nos palcos. Waldonys, com maestria, segue pelo Brasil emocionando multidões, com suas incomparáveis e exclusivas apresentações aeromusicais.
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