VITÓRIA HISTÓRICA

“Ainda Estou Aqui” ganha o Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional

É o primeiro filme brasileiro a conquistar o prêmio mais importante do cinema mundial

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2 de março de 2025
Portal GCMAIS

Em uma noite histórica para o cinema brasileiro, o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido pelo renomado cineasta Walter Salles, conquistou o Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional. Este prêmio não apenas coroa a dedicação e o talento da equipe envolvida na produção, mas também destaca a importância da narrativa brasileira no cenário cinematográfico global. “Ainda Estou Aqui” é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que narra a emocionante e trágica história de sua mãe, Eunice Paiva, durante a ditadura militar no Brasil.

“Ainda Estou Aqui” ganha o Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A história do filme se passa em 1970 e retrata a vida de Eunice, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro em diferentes fases da vida, como uma dona de casa que se transforma em uma ativista dos direitos humanos após o desaparecimento de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello. A narrativa não apenas explora o drama pessoal de Eunice, mas também o impacto devastador da ditadura militar na vida de milhares de famílias brasileiras, destacando o papel crucial das mulheres na resistência contra o regime autoritário.

“Ainda Estou Aqui” ganha Oscar 2025 

A indicação e subsequente vitória de “Ainda Estou Aqui” no Oscar marcam um retorno significativo do Brasil à categoria de Melhor Filme Internacional após 26 anos, desde que “Central do Brasil”, também dirigido por Walter Salles, foi indicado em 1999. Este reconhecimento internacional não apenas reflete a qualidade artística do filme, mas também a relevância da história contada, que ressoa profundamente com o público global.

O filme foi aclamado em festivais ao redor do mundo, incluindo uma estreia memorável no Festival de Veneza, onde recebeu aplausos prolongados e foi premiado com a Osella de Ouro de Melhor Roteiro. A atuação de Fernanda Torres foi particularmente destacada, recebendo elogios unânimes da crítica especializada. Além disso, “Ainda Estou Aqui” também foi indicado ao BAFTA, o “Oscar britânico”, reforçando sua posição como uma das produções cinematográficas mais destacadas do ano.

Primeiro filme brasileiro a conquistar o Oscar 

A vitória no Oscar é um marco não apenas para o cinema brasileiro, mas também para a memória histórica do país. O filme serve como um lembrete poderoso dos horrores cometidos durante a ditadura militar e do papel heroico de figuras como Eunice Paiva, que lutaram incansavelmente pela verdade e pela justiça. A história de Eunice, que se tornou uma defensora dos direitos humanos após a perda de seu marido, é um testemunho da resiliência e coragem das mulheres brasileiras durante esse período sombrio da história nacional.

Além de seu impacto cultural e histórico, “Ainda Estou Aqui” também representa um avanço significativo na representação brasileira no cinema internacional. O Brasil já havia sido representado em várias ocasiões no Oscar, com filmes como “O Pagador de Promessas”, “O Quatrilho”, “O Que É Isso, Companheiro?” e “Central do Brasil”, mas a vitória de “Ainda Estou Aqui” é um momento singular, pois consagra a força da narrativa brasileira no palco global.

A indicação e vitória do filme também refletem a força da colaboração entre talentos brasileiros e a dedicação ao contar histórias que importam. O elenco, que inclui nomes como Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello, entregou performances memoráveis que capturaram a essência da luta e do sofrimento vividos pela família Paiva. O roteiro, escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega, foi baseado na autobiografia de Marcelo Rubens Paiva e trouxe à tona uma história que, embora trágica, é também uma celebração da resistência humana.

Em um momento em que o mundo busca entender melhor suas próprias lutas contra a injustiça e a opressão, “Ainda Estou Aqui” se destaca como um filme que não apenas educa, mas também inspira. Sua vitória no Oscar 2025 é um reconhecimento não apenas do filme em si, mas da importância de preservar a memória histórica e de honrar aqueles que lutaram pela liberdade e pela justiça em tempos difíceis.

No final, a conquista do Oscar por “Ainda Estou Aqui” é um tributo à força e à coragem de Eunice Paiva e de todas as mulheres que, como ela, se tornaram vozes poderosas contra a opressão. É um lembrete de que, mesmo nas sombras da história, há luzes que brilham intensamente, e que essas histórias precisam ser contadas e celebradas.

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