O jogador Robinho foi julgado em segunda instância nesta quinta-feira (10), em Milão, e condenado a nove anos de prisão na Itália, após acusação de crime de estupro. O jogador não compareceu ao julgamento, assim como foi na primeira instância.
Ele ainda poderá permanecer em liberdade até que ocorra um julgamento em terceira instância, na Corte de Cassação, equivalente ao Supremo Tribunal Federal do Brasil.
Além de Robinho, o brasileiro Ricardo Falco também foi julgado. Juntamente com o jogador e outros quatro brasileiros, ele é acusado de ter participado em grupo de um estupro de uma jovem albanesa, na boate Sio Café, em Milão, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013.
O ato foi classificado de violência sexual pela Procuradoria de Milão. Robinho, que não compareceu em nenhuma das audiências (ele havia sido condenado a nove anos de prisão na primeira instância), negou a acusação, quando foi interrogado em abril de 2014. Ele, no entanto, admitiu ter mantido relação sexual com a vítima.
O julgamento em segunda instância ocorreu três anos após a sentença da juíza Mariolina Panasiti, da nona seção do Tribunal de Justiça de Milão, que condenou o jogador a nove anos de detenção.
A sentença do Tribunal de Milão foi proferida em novembro de 2017 e os advogados de defesa do jogador e de Falco entraram com recurso contestando a decisão.
Em outubro último, foram divulgadas várias conversas gravadas em áudio, entre acusados e pessoas presentes no local no dia, nas quais Robinho, ainda negando ter cometido abuso, se disse tranquilo.
“Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”, afirmou, em uma das frases. As gravações foram autorizadas pela Justiça e serviram de base para a condenação.
Robinho, que, por causa das gravações, teve contrato com o Santos interrompido antes mesmo dele reestrear pela equipe, continuou negando ter cometido ato de violência e disse que houve erro de interpretação nas transcrições para o italiano.