Um homem foi preso sob suspeita de estuprar uma adolescente de 13 anos, em Fortaleza. A vítima foi ameaçada com um gargalo de garrafa e obrigada a entrar em um terreno baldio, onde a violência sexual aconteceu. Entre janeiro e novembro de 2020, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) registrou 1.680 casos semelhantes. Especialistas em artes marciais afirmam que o Jiu-jítsu pode auxiliar mulheres que passam por situação de violência.
O esporte é japonês, mas ganhou adaptações exclusivas no Brasil feitas pela Família Gracie, considerada pioneira na modalidade no país. Conhecido como luta de solo, diferente de atividades que utilizam técnicas em defesa pessoal de pé, o esporte pode ser um aliado para vítimas de estupros e violência doméstica.
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Não existe uma estimativa que aponte o número de mulheres que aderiram ao esporte, mas a atividade está em alta. Em algumas academias, existem turmas específicas para o público feminino. “Sem dúvida, o Jiu-jítsu é mais que uma arte marcial, é uma modalidade que salva vidas”, afirma Daniel Machado, graduando em Educação Física e faixa preta na modalidade.
O atleta afirma que a luta corpo a corpo possibilita, com maior facilidade, imobilizar quem está prestes a praticar um delito. Após render o suspeito, a mulher pode pedir ajuda de vizinhos para acionar as forças de segurança.
Daniel Machado também reforça que o Jiu-jítsu pode ser utilizado em outras situações adversas como assédio sexual e em outras situações que colocam a mulher em situação de vulnerabilidade.
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registra 181 crimes diários de estupro. O levantamento ainda aponta que uma mulher é vítima de violência doméstica a cada dois minutos.