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Novo incêndio na Arena Castelão desperta preocupação com a segurança no estádio; jogos previstos no local estão mantidos

Laudo aponta curto-circuito no ar-condicionado como provável causa do incêndio na Arena Castelão

O primeiro incêndio de 2021 ocorreu em janeiro, atingindo a área de cabines de imprensa. (Foto: Matheus Sousa / GCC)

Aconteceu de novo. A Arena Castelão voltou a registrar um episódio de incêndio nesta terça-feira (20), menos de três meses após  as chamas comprometerem a estrutura do setor onde ficam as cabines de rádio e TV do estádio. Um dos funcionários que presenciou o princípio de incêndio revelou à reportagem da TV Cidade que o fogo teria começado após um curto-circuito em uma das salas das cabines de imprensa. As chamas quebraram parte das vidraças, mas não atingiram a parte estrutural do equipamento. No primeiro momento, a equipe de brigadistas do Castelão realizou os primeiros procedimentos com extintor, debelando o fogo. Na sequência, o Corpo de Bombeiros chegou ao local para verificar as condições de segurança. Duas pessoas chegaram a ser atendidas, mas sem queimaduras.

Em nota, a Secretaria do Esporte e Juventude do Estado (Sejuv), responsável pela administração da Arena, afirmou que o princípio de incêndio teria ocorrido em outro local, no setor de aquecimento dos jogadores, localizado nos vestiários, que ficam próximo do gramado. Ainda segundo a Sejuv, a provável causa do ocorrido foi o curto-circuito em aparelho de ar condicionado no momento em que a equipe da empresa contratada para manutenção do sistema de ar condicionado da Arena realizava trabalhos rotineiros.

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O diagnóstico inicial é semelhante ao verificado no incêndio passado, ocorrido no dia 30 de janeiro deste ano, em que o laudo da Perícia Forense do Ceará apontou como provável causa das chamas um curto-circuito de falha elétrica de tipificação acidental no aparelho de ar-condicionado.

Após o princípio de incêndio desta terça-feira (20), a Sejuv garantiu em nota à imprensa que “o ocorrido não compromete os jogos previstos para a praça esportiva”. Se na vez passada o incêndio ocorreu no dia em que o estádio receberia o 1º jogo da final da Série D do Campeonato Brasileiro, entre Floresta e Mirassol (SP), que precisou ser transferido para o estádio Carlos de Alencar Pinto, dessa vez o episódio foi registrado na véspera da estreia do Ceará na Copa Sul-Americana e dias antes do estádio sediar a rodada dupla que vai definir os dois finalistas da Copa do Nordeste.

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Nesta quarta-feira (21), às 19h15min, a Arena recebe o jogo entre Ceará e Jorge Wilstermaan, da Bolívia, que marca a estreia do Alvinegro na Copa Sul-Americana. No próximo sábado (24), ás 16h, o Ceará enfrenta o Vitória (BA) na Arena, pela semifinal do Nordestão. Na sequência, às 20h30min, o Fortaleza mede forças com o Bahia, em jogo que define o segundo semifinalista do torneio regional.

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Preocupação

Os dois princípios de incêndio, ocorridos em curto espaço de tempo, acendem um alerta sobre a manutenção e condições de segurança do estádio, que ainda não conseguiu contornar o problema passado, uma vez que as cabines de rádio e TV seguem interditadas. Desde então, a imprensa tem feito a cobertura dos jogos em um local improvisado, na área de camarote e acomodada nas cadeiras da arquibancada inferior do estádio.

Principal palco de eventos esportivos e culturais da capital cearense, a Arena Castelão passou por uma grande reforma de modernização em 2010, que custou cerca de R$ 500 milhões. Em 2013, recebeu três partidas da Copa das Confederações e, em 2014, foi palco de seis jogos da Copa do Mundo, incluindo o duelo de quartas de final do torneio, envolvendo a seleção brasileira. Além disso, deu espaço para shows internacionais, como de Beyoncé, Paul McCartney e Elton John. Até 2018, o estádio é administrado por um consórcio. De lá para cá, o Governo do Estado e os clubes Ceará e Fortaleza (que mandam todos os seus jogos no estádio) fazem a administração da Arena.

“Nós, profissionais de imprensa, estamos bastante preocupados, porque se acontece um problema desse tipo num dia de jogo, com os profissionais de imprensa, com os atletas e com todos aqueles que fazem o espetáculo de futebol? Então, é preciso que as nossas autoridades abram o olho. Quem quer realizar uma competição internacional, num estádio de futebol que não recebe manutenção, vai ficar a ver navios”, comentou Alano Maia, presidente da Associação Profissional dos Cronistas Desportivos do Estado do Ceará (APCDEC).

Confira na reportagem exibida nesta quarta-feira (21) no CE no Ar:

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