Maior medalhista paralímpico da história do Brasil, o paulista Daniel Dias disputou a sua última prova na carreira de atleta e terminou em quarto lugar nesta quarta-feira (1º) na prova de 50 metros livre da classe S5 (deficiência físico-motora) na Paralimpíada de Tóquio (Japão). Em janeiro deste ano, o nadador brasileiro anunciou que se aposentaria após Tóquio 2020. A carreira do brasileiro conta com 27 medalhas, sendo 14 ouros, sete pratas e seis bronzes.
Mesmo fora das competições, Daniel quer continuar contribuindo com o esporte paralímpico. Ele se tornará o novo membro da Academia Laureus, formada por ídolos do esporte. Eles atuam na promoção de ações junto a jovens e votam na eleição dos melhores do ano no prêmio Laureus.
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Daniel ainda é membro da Assembleia Geral do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e compõe a Comissão Nacional de Atletas no biênio 2020-2022. Ele quer ir mais longe, o paulista concorre a uma vaga no Conselho de Atletas do Comitê Paralímpico Internacional. A eleição acontecerá até o final de Tóquio 2020.
Além disso, o brasileiro vai manter o Instituto Daniel Dias, inaugurado em 2014. A entidade oferece treinamentos de natação paralímpica para pessoas com deficiência na cidade de Bragança Paulista, em São Paulo.
Desempenho em Tóquio
Em Tóquio 2020, Daniel Dias disputou seis provas e conquistou três medalhas de bronze: nos 200 metros livre (S5), nos 100 metros livre (S5) e no revezamento 4×50 metros livre 20 pontos (deficiência físico-motora). Em outras duas provas, nos 50 metros borboleta (S5) e nos 50 metros costas (S5), o multimedalhista ficou fora pódio terminando na sexta e quinta posição, respectivamente.
Nesta edição dos Jogos, o atleta foi afetado por uma reclassificação geral promovida pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) em 2019. Vários atletas de outras classes passaram a S5, a mesma do multimedalhista, embora muitos tivessem deficiências menos severas que as do brasileiro.
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Natural de Campinas (SP), Daniel Dias tem má-formação congênita nos membros superiores e na perna direita. O atleta começou a competir em 2006 por influência do nadador paralímpico Clodoaldo Silva, após vê-lo na televisão disputando os Jogos de Atenas 2004 (Grécia).