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Humberto Henriques, atleta paralímpico, morre em decorrência da covid-19

Humberto Henriques, atleta paralímpico, morre em decorrência da covid-19

Foto: Arquivo Pessoal

O atleta paralímpico Humberto Henriques, de 51 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (24) em Fortaleza, após complicações causadas pela covid-19. O velório e o sepultamento aconteceram nesta tarde, em um cemitério no Eusébio. Durante a vida, o atleta participou de diversas competições nacionais e internacionais, além de ter atuado na promoção dos esportes paralímpicos no Ceará.

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Segundo amigos e familiares, ele passou cerca de 17 dias internado no hospital Leonardo Da Vinci, em Fortaleza, realizando um tratamento contra a covid-19, mas acabou não resistindo às complicações causadas pela doença e morreu.

Humberto Henriques foi acometido pela poliomielite aos dois anos de idade, o que o obrigou a sair de Campina Grande para o Rio de Janeiro aos 14 anos, quando precisou fazer uma cirurgia na coluna. Ele acabou não realizando o procedimento médico e conheceu a Sociedade Amigos do Deficiente Físico, onde começou o seu contato com o esporte.

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O atleta paralímpico dedicou a vida ao esporte, atuando, principalmente, no basquete e no atletismo em cadeira de rodas. Ele chegou a conquistar campeonatos estaduais, regionais e nacionais. Foi ganhador dos Jogos Paralímpicos do Ceará, campeão e recordista brasileiro nos 100 e 200 metros e vencedor do Norte e do Nordeste nas provas dos 100, 200 e 400 metros em vários anos. Participou de corridas de rua em diversas capitais brasileiras e em Miami, nos Estados Unidos.

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Humberto Henriques atuou, ainda, na coordenação das Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, e foi um dos que carregou a tocha paralímpica. No Ceará, trabalhou junto com o Governo para implantar modalidades de esporte paralímpico na região e foi responsável pela área de acessibilidade na construção da Arena Castelão.

Entre os amigos e familiares, Humberto Henriques era conhecido, também, pela sua paixão pelo Flamengo, no futebol carioca, e pelo Fortaleza, no cearense.

“Apaixonado pela vida, viveu intensamente todos os 51 anos”, conta a esposa do atleta, Meire Jane Henrique. “Inclusive [antes de contrair a covid-19] ele estava ensaiando jogar tênis, porque ele nunca parou, sempre foi atrás de se movimentar”. Além da esposa, o atleta deixa duas filhas, Laura e Isis.

Cid Guerreiro, amigo de Humberto Henriques, também destaca a alegria e a fé deste atleta paralímpico. “Era um cara cheio de alegria. Lutador, vencedor, guerreiro. Um cara que, literalmente, saltou da cadeira dele, ganhou asas e voou para o pódio mais alto que existe, que é o pódio ao lado do nosso Pai. E agora ele está lá, com uma coroa na cabeça, cheio de medalhas, medalha de homem, medalha de marido, medalha de pai, medalha de amigo, medalha de companheiro, medalha de sinceridade, alegria, felicidade, de lutador, de vencedor e verdadeiro guerreiro de Deus”, diz Cid.

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