Atleta é acusado de corrupção empresarial durante sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2013.
Em tribunal, Neymar nega participação nas negociações de transferência ao Barcelona
Neymar é réu em ação sobre supostas irregularidades em transferência do Santos ao Barcelona em 2013. Durante julgamento, em Barcelona, nesta terça-feira (18) o atacante da seleção brasileira afirmou que o pai cuidava de todo o trâmite legal das negociações.
“Não participei das negociações. Meu pai sempre cuidou disso e sempre cuidará. Assino tudo o que ele me diz para assinar”, afirmou Neymar ao tribunal de Barcelona em seu primeiro depoimento no julgamento que começou na segunda-feira (17).
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Além do atacante da seleção brasileira, há mais oito réus sendo julgados por acusações de fraude e corrupção pela transferência, incluindo os pais de Neymar, representantes dos dois clubes, os ex-presidentes do Barça Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell, e o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues. Todos negam qualquer irregularidade no contrato.
Os réus são acusados pelo fundo de investimentos DIS, que possuía parte dos direitos econômicos de Neymar quando ele era uma jovem promessa, pela suposta ocultação do valor real de sua transferência para o Barcelona em 2013.
O Ministério Público pede dois anos de prisão para o jogador, além do pagamento de multa de 10 milhões de euros.
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Inicialmente, o Barcelona anunciou que a contratação de Neymar custou 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família e 17,1 milhões para o Santos), mas a Justiça espanhola calculou que a operação custou ao menos 83 milhões de euros.
Para o DIS, o Barça, Neymar e o Santos se aliaram para ocultar o valor real da operação por meio de outros contratos dos quais ficou de fora.
A empresa, que adquiriu 40% dos direitos econômicos do jogador em 2009, recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 milhões pagos oficialmente ao clube brasileiro.
Por considerar-se duplamente prejudicado, tanto por não ter recebido sua parte da transferência real quanto pelo contrato de exclusividade assinado por Neymar e o Barça — que impediu outros clubes de disputar a contratação do atacante —, o fundo DIS pede a restituição dos 35 milhões de euros que calcula ter perdido.
Como acusação particular, o grupo pede ainda cinco anos de prisão para o jogador, Rosell e Bartomeu, além de multas milionárias.
Os advogados do brasileiro negam qualquer irregularidade e afirmam que a Espanha não tem competência legal para o caso.
* Com informações do portal R7.
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