Uma pesquisa encomendada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e pela CNF (Confederação Nacional das Instituições Financeiras) revela que a maioria dos brasileiros (59%) defende uma forte intervenção do governo federal na regulamentação e fiscalização dos sites de apostas online, popularmente conhecidos como “bets”. O estudo, divulgado em primeira mão pela Folha de S.Paulo, também aponta para uma baixa confiança nesses sites e um impacto negativo na vida de muitos apostadores.

Regulamentação Bets

Os dados da pesquisa Radar Febraban Especial mostram um claro clamor por maior controle sobre o setor de apostas online. Além dos 59% que defendem uma intervenção forte, outros 19% se mostram favoráveis a uma intervenção moderada, totalizando 78% da população que apoia algum tipo de ação governamental. Esse resultado demonstra uma preocupação generalizada com os possíveis efeitos negativos da falta de regulamentação adequada.

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Confiança nas Bets é baixa

A pesquisa também investigou a percepção da população em relação à confiabilidade das plataformas de apostas. Os números são preocupantes: apenas 12% dos entrevistados afirmaram confiar ou confiar muito nas “bets”. A grande maioria (84%) expressou desconfiança, declarando não confiar ou confiar pouco. Esse dado reforça a necessidade de um marco regulatório que ofereça mais segurança aos usuários.

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Metodologia da Pesquisa

O levantamento, realizado pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), ouviu 2.000 adultos de todas as regiões do país por meio de entrevistas telefônicas e complemento online, entre os dias 15 e 23 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,45%.

Avaliação Negativa e Impacto na Qualidade de Vida

Mais da metade dos entrevistados (57%) avalia negativamente os sites de apostas no Brasil, considerando as plataformas ruins ou péssimas. Apenas 17% as consideram ótimas ou boas. A pesquisa também revela que 40% dos entrevistados declararam que jogam ou têm alguém em casa que aposta nas “bets”, enquanto 21% afirmam ter deixado de jogar. Entre os que apostam, um dado alarmante: 45% relataram que sua qualidade de vida foi afetada pelas apostas.

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