A seguir, confira o Evangelho do Dia e medite com as palavras do Santo Padre Papa Francisco.
PRIMEIRA LEITURA
Leitura do Livro do Profeta Isaías 55,6-9
Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado;
invocai-o, enquanto ele está perto.
Abandone o ímpio seu caminho,
e o homem injusto, suas maquinações;
volte para o Senhor, que terá piedade dele,
volte para nosso Deus, que é generoso no perdão.
Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos,
e vossos caminhos não são como os meus caminhos,
diz o Senhor.
Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos
e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos,
quanto está o céu acima da terra.
SEGUNDA LEITURA
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses 1,20c-24.27a
Irmãos:
Cristo vai ser glorificado no meu corpo,
seja pela minha vida, seja pela minha morte.
Pois, para mim, o viver é Cristo
e o morrer é lucro.
Entretanto, se o viver na carne significa
que meu trabalho será frutuoso,
neste caso, não sei o que escolher.
Sinto-me atraído para os dois lados:
tenho o desejo de partir, para estar com Cristo
— o que para mim seria de longe o melhor —
mas para vós é mais necessário
que eu continue minha vida neste mundo.
Só uma coisa importa:
vivei à altura do Evangelho de Cristo.
EVANGELHO DO DIA
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 20, 1-16a
Naquele tempo,
Jesus contou esta parábola a seus discípulos:
“O Reino dos Céus é como a história do patrão
que saiu de madrugada
para contratar trabalhadores para a sua vinha.
Combinou com os trabalhadores
uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha.
Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo,
viu outros que estavam na praça, desocupados,
e lhes disse:
‘Ide também vós para a minha vinha!
E eu vos pagarei o que for justo’.
E eles foram.
O patrão saiu de novo ao meio-dia
e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa.
Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde,
encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse:
‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’
Eles responderam:
‘Porque ninguém nos contratou’.
O patrão lhes disse:
‘Ide vós também para a minha vinha’.
Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador:
‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos,
começando pelos últimos até os primeiros!’
Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde
e cada um recebeu uma moeda de prata.
Em seguida vieram os que foram contratados primeiro,
e pensavam que iam receber mais.
Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata.
Ao receberem o pagamento,
começaram a resmungar contra o patrão:
‘Estes últimos trabalharam uma hora só,
e tu os igualaste a nós,
que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.
Então o patrão disse a um deles:
‘Amigo, eu não fui injusto contigo.
Não combinamos uma moeda de prata?
Toma o que é teu e volta para casa!
Eu quero dar a este que foi contratado por último
o mesmo que dei a ti.
Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero
com aquilo que me pertence?
Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’
Assim, os últimos serão os primeiros,
e os primeiros serão os últimos”.
PALAVRAS DO SANTO PADRE
Com esta parábola, Jesus quer abrir o nosso coração à lógica do amor do Pai, que é gratuito e generoso. Trata-se de nos deixarmos surpreender e fascinar pelos «pensamentos» e pelos «caminhos» de Deus que, como recorda o profeta Isaías, não são os nossos pensamentos, não são os nossos caminhos (cf. Is 55, 8). Os pensamentos humanos são muitas vezes marcados por egoísmos e interesses pessoais, e as nossas veredas estreitas e tortuosas não são comparáveis com os caminhos largos e retos do Senhor. Ele é misericordioso — não nos esqueçamos disto: Ele é misericordioso — perdoa amplamente, está cheio de generosidade e de bondade, que derrama sobre cada um de nós, abrindo a todos os territórios ilimitados do seu amor e da sua graça, os únicos que podem conferir ao coração humano a plenitude da alegria.
Jesus quer levar-nos a contemplar o olhar daquele senhor: o olhar com que vê cada um dos operários à espera de um trabalho, chamando-os para a sua vinha. Trata-se de um olhar cheio de atenção e de benevolência; é um olhar que chama, que convida a erguer-se, a pôr-se a caminho, porque deseja a vida para cada um de nós, quer uma vida plena, comprometida, resgatada do vazio e da inércia. Deus não exclui ninguém e quer que cada um alcance a sua plenitude. Este é o amor do nosso Deus, do nosso Deus que é Pai. (Angelus, 24 de setembro de 2017).