A seguir, confira o Evangelho do Dia e medite com as palavras do Santo Padre Papa Francisco.
PRIMEIRA LEITURA
Leitura da Primeira Carta de São João 2,29-3,6
Caríssimos,
já que sabeis que ele é justo,
sabei também que todo aquele que pratica a justiça
nasceu dele.
Vede que grande presente de amor o Pai nos deu:
de sermos chamados filhos de Deus!
E nós o somos!
Se o mundo não nos conhece,
é porque não conheceu o Pai.
Caríssimos, desde já somos filhos de Deus,
mas nem sequer se manifestou o que seremos!
Sabemos que, quando Jesus se manifestar,
seremos semelhantes a ele,
porque o veremos tal como ele é.
Todo o que espera nele,
purifica-se a si mesmo,
como também ele é puro.
Todo o que comete pecado,
comete também a iniquidade,
porque o pecado é a iniquidade.
Vós sabeis que ele se manifestou
para tirar os pecados
e que nele não há pecado.
Todo aquele que peca
mostra que não o viu, nem o conheceu.
EVANGELHO DO DIA
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,29-34
No dia seguinte,
João viu Jesus aproximar-se dele e disse:
“Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo.
Dele é que eu disse:
Depois de mim vem um homem
que passou à minha frente,
porque existia antes de mim.
Também eu não o conhecia,
mas se eu vim batizar com água,
foi para que ele fosse manifestado a Israel”.
E João deu testemunho, dizendo:
“Eu vi o Espírito descer,
como uma pomba do céu,
e permanecer sobre ele.
Também eu não o conhecia,
mas aquele que me enviou a batizar com água
me disse:
‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer,
este é quem batiza com o Espírito Santo’.
Eu vi e dou testemunho:
Este é o Filho de Deus!”
PALAVRAS DO SANTO PADRE SOBRE O EVANGELHO DO DIA
Estamos na margem do rio Jordão. João está a batizar; há muita gente, homens e mulheres de várias idades, que ali chegaram, ao rio, para receber o batismo das mãos daquele homem que a muitos recordava Elias, o grande profeta que nove séculos antes tinha purificado os israelitas da idolatria, reconduzindo-os à verdadeira fé no Deus da aliança, o Deus de Abraão, de Isac e de Jacob. João prega que o reino dos céus está próximo, que o Messias está para se manifestar e é necessário preparar-se, converter-se e comportar-se com justiça; e começa a batizar no Jordão para dar ao povo um meio concreto de penitência. […] Eis que o momento chega: Jesus apresenta-se à margem do rio, no meio do povo, dos pecadores — como todos nós. É o seu primeiro ato público, a primeira coisa que faz quando deixa a casa de Nazaré, com trinta anos: desce à Judeia, vai ao Jordão e deixa-se batizar por João. Sabemos que algo acontece […] sobre Jesus desce o Espírito Santo em forma de uma pomba e a voz do Pai proclama-o Filho predileto (cf. Mt 3, 16-17). É o sinal que João esperava. É ele! Jesus é o Messias. João está desconcertado, porque se manifestou de um modo inimaginável: no meio dos pecadores, batizado como eles, aliás, por eles. Mas o Espírito ilumina João e faz-lhe compreender que deste modo se cumpre a justiça de Deus, se cumpre o seu desígnio de salvação: Jesus é o Messias, o Rei de Israel, não com a poder deste mundo, mas sim como Cordeiro de Deus, que assume sobre si e tira o pecado do mundo. […] E estas são as palavras que nós sacerdotes repetimos todos os dias, durante a Missa, quando apresentamos ao povo o pão e o vinho que se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Este gesto litúrgico representa toda a missão da Igreja […] A Igreja anuncia Cristo; não se traz a si mesma, mas Cristo. Pois, é só Ele e unicamente Ele que salva o seu povo do pecado, que o liberta e o guia para a terra da verdadeira liberdade. (Angelus de 15 de janeiro de 2017)
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