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Memória rock de Fortaleza, onde acessar essa memória?

Cinco décadas de produção musical e cultura de Fortaleza, dos anos 1950 aos 2000.

Em pisa na Fulô, o compositor e artista pernambucano Alceu Valença propõe caminhar pelas ruas do passado. Algo em que o nosso underground muito tem se esforçado é nesse sentido, precisamos urgentemente destacar a nossa historicidade, esse caminhar, rememorar, demonstrar toda uma luta que já existe em busca de marcar a nossa identidade, sem influências politicas externas, é a memória rock de Fortaleza, onde acessar essa memória?

#georgianodecastro

Faremos aqui três apontamentos que podem sim servir a esse proposito, o primeiro é o álbum Cidade Blues Rock Nas Ruas, da nossa querida Mona Gadelha, nesse disco Mona retorna aos anos 70, quando o movimento Blues Rock da cidade engatinhava para vir a se tornar, depois de tanta luta o que hoje ele é, essencial a cultura da nossa cidade e estado.

#maismusica

 

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https://www.youtube.com/watch?v=_LwtVxLvsvA

 

Passeando de bicicleta e acessando a nossa história.

 

Por outro lado também temos ações presenciais que visam resgatar a memória do nosso underground. No dia 06.09 agora, a Associação Cultural Cearense do Rock (ACR), e o recém criado coletivo Bravos promovem mais uma bicicletada, só que dessa vez o mote do percurso é visitar espaços históricos para a nossa cena, focados na praia de Iracema, tais como Padang Padang, Peixe Frito, Hey Ho Rock Bar, NOISE 3D, Domínio Público, entre outros. A concentração será na praça da Gentilândia as 19hrs.

 

Bicicletada visita os pontos dos bares e pubs que fizeram a históroria do undeground cearense na praia de Iracema

Associação Cultural Cearense de Rock ACR e coletivo Bravos promovem a bicicletada de Iracema.

 

Fortaleza Sônica e a cara da nossa cena musical.

 

No caso da literatura temos a história de cinco décadas da nossa cena, dos anos 60 aos 2000, contada pelo músico e ativista George Frizzo. Com a proposta de ser a biografia desse movimento, Nessa pesquisa, George conta com a sua própria vivência,  e de outros muitos outros artistas que fizeram a música acontecer nesse período. É inclusive pautada em recortes jornalísticos que o membro da banda S.O.H (Siege Of Hate) colheu. Frizzo também é sociólogo e designer, começou a catalogar material na transição dos anos 80 para os anos 90, quando fundou a banda Insanity.

As redes sociais também estão inseridas no trabalho de George Frizzo com o Fortaleza Sônica, @fortalezasônica é o Instagram onde ele disponibiliza pílulas constantes da história do movimento e também do que vem acontecendo de interessante na cena atualmente.  Todo esforço dessa galera unem-se a tantos outro trabalhos, pesquisas, publicações, colunas, matérias… enfim, uma variedade de narrativas e ações que cumprem o papel necessário de valorizar nossa história de luta pela cultura alencarina.

Esse movimento contínuo de reconhecimento da própria história, convidando a cidade para se reconhecer mutualmente, levando também o registro de tudo que se fez em nome da valorização da identidade local, do jeito que ela é, sem rótulos impostos ou imposições desnecessárias, é relativamente novo na cena underground, alternativa, independente e real de Fortaleza. O fato da cidade ser como é, cosmopolita e intensa, durante muito tempo nos colocou como aporte, ou sendo mais claro ainda, como quintal cultural do que era produzido em outros estados do país.

Não pode a quinta capital da federação manter-se nesse contexto de quem só recebe. É preciso exportar talentos e a nossa cultura também, em todas as frentes, onde o rock é apenas mais um produto que está preparado para alcançar seu lugar de destaque. Como bem diz o título do disco da Mona Gadelha, Fortaleza é a cidade Blues Rock nas ruas, algo que pulsa e que a cada dia ganha mais destaque. Nosso trabalho aqui corre nessa linha de amor e respeito a nossa cultura, principalmente a musical. Até a próxima com mais destaques da nossa vida cultural.

Se liga que a Mais Música sempre tem um conteúdo relevante sobre a nossa cena musical.

Rockáustico, e o que há por trás desse neologismo?

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