O senador Tasso Jereissati (PSDB) é o entrevistado desta semana do JC Entrevistas, projeto multiplataforma do Grupo Cidade de Comunicação. Com exclusividade, o político falou sobre não se candidatar mais a nenhum cargo, a situação do País e, claro, as eleições de 2022.

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Fim da vida pública

O tucano confirmou, mais uma vez, que não vai mais concorrer a nenhum cargo público, já que encerra seu último mandato como senador da República pelo Ceará em 31 de dezembro deste ano. Ele confessou que a decisão de deixar a vida pública, após quase 40 anos, foi difícil.

“É uma decisão que a gente fica bastante ansioso, como vai ser o futuro. Mas tenho a consciência que tomei a decisão certa”, disse.

Brasil dividido

Com a atual polarização no Brasil entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tasso garante que “extrema esquerda e extrema direita” não fazem bem ao País.

“O País está conflitado, dividido entre dois grupos radicais. Não argumentam, é um clima de ódio. O País precisa de conciliação, de união nacional. Porque a fome voltou, a miséria está escancarada, desemprego, e estamos numa discussão ideológica”, pontuou.

Eduardo Leite

Em visita à sede do Grupo Cidade de Comunicação, Tasso Jereissati teve a companhia do correligionário Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul que disputou e perdeu as prévias do PSDB para João Doria, ex-governador de São Paulo. Mesmo assim, é com ele que o senador cearense tem feito excursão, vislumbrando uma possível candidatura à Presidência, mesmo após a derrota no pleito interno do partido. Tasso não poupou elogios ao jovem político.

“O Eduardo Leite é a grande esperança. Pelo o que fez na prefeitura de Pelotas e no governo gaúcho, ele se tornou referência nacional, com uma capacidade tremenda de aglutinação. E que pode trazer para o Brasil o fim desse conflito. Temos a esperança de que podemos chegar a um consenso que é o melhor candidato”, argumentou.

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João Doria

Em nenhum momento durante a entrevista, Tasso se colocou a favor do nome de João Doria como representante do PSDB para ser o candidato a presidente do País. Desde 2002, os tucanos colecionam derrotas nas disputas pelo Planalto, com José Serra (2002 e 2010), Geraldo Alckmin (2006 e 2018) e Aécio Neves (2014).

“Ele [Doria] foi o escolhido nas prévias. Mas acho que cometemos um equívoco. As prévias foram ainda em novembro [de 2021], e a realidade agora é outra. Doria está fazendo campanha, mas não tem conseguido aglutinar para fazer um Brasil mais conciliado”, afirmou.

Com uma vida pública de muitas conquistas, Tasso diz ter apenas mais um sonho como político.

“Meu grande sonho como político hoje é que a gente tenha uma eleição democrática”, concluiu.

A entrevista completa de Tasso Jereissati ao JC Entrevistas pode ser conferida a partir de 20h15, no canal do GCMAIS no YouTube.

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