ECONOMIA

Antes do ‘efeito Petrobras’, gestores da bolsa estavam otimistas com mercado brasileiro

Antes desse revés inesperado, a maioria dos gestores estava otimista com a bolsa brasileira, um sentimento que se fortaleceu em março

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12 de março de 2024
Portal GCMAIS

Um estudo conduzido pela casa de análises Empiricus revelou que o otimismo dos gestores de fundos multimercados em relação à bolsa brasileira cresceu em março comparado a fevereiro. Entretanto, a surpresa provocada pela Petrobras ao anunciar a ausência de dividendos extraordinários em 7 de março abalou o mercado, substituindo a calmaria por uma atmosfera de incerteza, especialmente em relação à estatal, que representa cerca de 13% do Ibovespa.

Antes do ‘efeito Petrobras’, gestores da bolsa estavam otimistas com mercado brasileiro
Foto: Reprodução

Antes desse revés inesperado, a maioria dos gestores estava otimista com a bolsa brasileira, um sentimento que se fortaleceu em março, conforme indicou o levantamento da Empiricus. O entusiasmo também se estendeu à bolsa americana, sugerindo um aumento nas apostas de alta nas ações tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

O ‘efeito Petrobras’

Apesar do “efeito Petrobras”, o otimismo dos gestores em relação à bolsa brasileira permanece, segundo a análise de Alexandre Costa, responsável pela pesquisa da Empiricus. Ele ressalta a percepção de preços atrativos e resultados sólidos das empresas locais, além do contexto de queda dos juros que pode atrair investimentos para o país.

Localmente, os gestores demonstraram melhoria no sentimento em relação aos juros nominais e mantiveram o otimismo em relação aos juros reais, sugerindo uma aposta crescente em cortes de juros no Brasil.

A Empiricus também investigou o sentimento em relação aos indicadores econômicos brasileiros. O pessimismo em relação às contas do governo diminuiu, enquanto o otimismo com o crescimento econômico permaneceu forte. No entanto, o otimismo em relação à inflação registrou uma leve queda. Apesar dessas nuances, o Ibovespa acumula uma queda de 5% em 2024, com o mercado enfrentando desafios como a saída de recursos estrangeiros e a incerteza em relação aos movimentos internacionais.

Os gestores atribuíram a saída de recursos estrangeiros do Brasil principalmente à incerteza sobre a política de juros nos Estados Unidos, que foi adiada para junho ou julho, frustrando as expectativas de um corte em março.

Globalmente, os Estados Unidos registram um aumento de 8% no S&P 500 este ano, com otimismo contínuo entre os gestores em relação às bolsas americanas, apesar das incertezas em torno da política de juros. Enquanto isso, na Europa e na China, as economias enfrentam desafios distintos, com sinais mistos sobre a trajetória das taxas de juros.

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