Sete empresas implicadas na Operação Lava-Jato, com uma dívida combinada de R$ 8,2 bilhões de acordos de leniência, iniciarão negociações com autoridades governamentais a partir desta terça-feira (12). Os representantes dessas empresas se reunirão com membros da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU) com o intuito de buscar uma redução nos valores devidos. Enquanto o governo se mostra receptivo a discutir prazos e condições de pagamento, as empreiteiras estão focadas em diminuir multas e reclassificar delitos descritos em delações como infrações menores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou críticas à possibilidade de falência dessas empresas, ressaltando a importância de não prejudicar irreversivelmente suas operações. A decisão para iniciar essas negociações ocorre após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu por 60 dias o pagamento das multas, permitindo um espaço para que novos acordos sejam negociados.
Operação Lava-Jato
Entretanto, as discussões podem enfrentar obstáculos, pois há divergências entre o governo e o Ministério Público quanto ao processo. O MP defende que seja o único órgão responsável por avaliar os casos, enquanto o governo busca uma abordagem mais abrangente. A expectativa é que essas conversas desempenhem um papel crucial na definição dos rumos dessas empresas envolvidas em um dos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil.
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