O ex-líder do Exército, Freire Gomes, em depoimento à Polícia Federal (PF), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro teria proposto três possíveis medidas para bloquear a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após a derrota eleitoral em 2022. Entre as opções discutidas estavam a declaração de Estado de Defesa, Estado de Sítio e a execução de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Gomes alegou que Bolsonaro não seguiu adiante com nenhuma dessas propostas de plano contra Lula.

Bolsonaro, por sua vez, defendeu-se, argumentando que debater as alternativas previstas na Constituição Federal não constitui crime. Ele frisou que para colocar em prática as medidas mencionadas seriam necessários procedimentos específicos, incluindo a convocação de conselhos e a aprovação do Congresso Nacional. O presidente ressaltou que nenhuma dessas iniciativas foi implementada durante o período citado.

Nos depoimentos recentes à PF, também foi destacada a declaração do ex-chefe da Força Aérea Brasileira (FAB), Carlos de Almeida Baptista Júnior. Ele relatou que Freire Gomes teria ameaçado deter Bolsonaro caso este violasse o regime democrático utilizando os instrumentos previstos na Constituição. Bolsonaro, por sua vez, afirmou não ter tido acesso ao depoimento de Baptista Júnior e prometeu se pronunciar após ter acesso à totalidade do relato.

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