Três meses após o incêndio que atingiu uma área de quase 18 hectares do Parque Estadual do Cocó, em Fortaleza, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), anunciou neste sábado (13) o lançamento do Plano Restaura Cocó. O projeto tem como objetivo recuperar as áreas afetadas no maior parque natural em área urbana do Norte/Nordeste.

Conforme o Governo do Ceará, a execução das ações planejadas terá duração de um ano, com a primeira etapa prevista para custar cerca de R$ 500.658,00, com recursos provenientes do orçamento da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

O Restaura Cocó não se limitará apenas à restauração das áreas danificadas pelo fogo, mas também incluirá medidas de prevenção e gestão participativa do parque. O projeto visa analisar e intervir em duas áreas afetadas por incêndios: uma próxima à Avenida Sebastião de Abreu, em direção ao bairro Cidade 2000, atingida por um grande incêndio em janeiro de 2024; e outra na margem direita do Rio Cocó, entre a Avenida Murilo Borges e a Rogaciano Leite, afetada por um incêndio expressivo em novembro de 2021.

As medidas propostas incluem o mapeamento da área, controle da salinidade da água do Rio Cocó, restauração do mangue e outras vegetações, escavação de canais, estabelecimento de parcerias, estratégias de educação ambiental e conscientização, além de mecanismos de fiscalização para preservação da área.

Durante a apresentação do plano, o cientista chefe do Meio Ambiente da Secretaria do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (Sema) e professor da UFC, Luis Ernesto Bezerra, ressaltou a importância de lidar com as estruturas remanescentes das salinas que impedem a restauração natural do ecossistema.

O governador Elmano destacou a importância da gestão participativa do parque, envolvendo a sociedade civil e diversos setores. “Vamos inovar aqui para termos uma gestão participativa, com acompanhamento, com estudos permanentes, com dados permanentes”, afirmou ele durante a coletiva de imprensa.

O Plano Restaura Cocó é resultado de um trabalho conjunto entre a Secretaria do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (Sema) e pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), visando a recuperação e preservação desse importante patrimônio natural.

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