A corrida das eleições nos Estados Unidos da América (EUA) já causa apreensão no governo brasileiro, com especial atenção ao possível retorno de Donald Trump à Casa Branca. Analistas em Brasília alertam para os impactos tanto na política externa quanto na doméstica, especialmente em relação ao alinhamento entre Trump e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Questões como o enfraquecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) também estão em debate.
Na recente Super Terça, Trump e Joe Biden consolidaram seu favoritismo, sinalizando uma possível revanche entre os dois nas eleições futuras. Um integrante do governo destaca que uma vitória de Trump fortaleceria a direita global, enquanto uma presidência Biden poderia representar um “modus vivendi” para o presidente Lula.
O apoio de Lula a Biden é evidente, destacando a afinidade do democrata com questões trabalhistas. Porém, a perspectiva de um segundo mandato de Trump preocupa alguns setores brasileiros, especialmente em relação ao comércio e à política ambiental.
A possível aliança entre Trump e líderes sul-americanos, como o presidente argentino Javier Milei, levanta dúvidas em Brasília, especialmente sobre a representação da América Latina no Conselho de Segurança da ONU. Além disso, a reforma da OMC e os impactos do retorno de Trump na relação bilateral com o Brasil também são considerações importantes.
Especialistas ressaltam que um eventual retorno de Trump à presidência dos EUA poderia minar o apoio global à democracia e complicar as relações bilaterais, especialmente em questões ambientais. No entanto, a relação positiva entre Lula e Biden oferece uma espécie de “apólice de seguro” para o Brasil, enquanto os rumos da política internacional continuam incertos.
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