Um vídeo viralizou nas redes sociais e na mídia, gerando indignação nacional e até internacional. Nele, uma mulher é vista tentando sacar um empréstimo no nome de um idoso falecido, alegadamente seu tio, que ela levava numa cadeira de rodas. Érika de Souza Vieira Nunes, agora sob custódia policial, justificou sua ação como uma tentativa de conseguir dinheiro para que seu parente comprasse uma TV e reformasse sua casa. No entanto, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, já estava morto quando a sobrinha tentou obter sua assinatura. Esse caso levantou diversas questões sobre crimes de violência contra idosos.

Especialistas alertam para um aumento alarmante de violações contra pessoas com 60 anos ou mais. Nos primeiros três meses de 2024, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos registrou 42.995 denúncias, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Entre os abusos mais comuns, estão negligência, exposição de risco à saúde, tortura psicológica, maus tratos e violência patrimonial. Sandra Rabello, coordenadora de projetos da Uerj, aponta para fatores como falta de informação, condições socioeconômicas precárias e exaustão dos cuidadores como motivadores desses crimes.

Para prevenir essas violências, especialistas enfatizam a necessidade de investir em educação, conscientização sobre os direitos dos idosos, apoio dentro das famílias e serviços de assistência social e psicológica. Fatima Henriette de Miranda e Silva, da OAB-RJ, destaca a importância de campanhas e políticas públicas, com o envolvimento de governantes, familiares e sociedade como um todo.

Em caso de violência, é fundamental denunciar imediatamente às autoridades competentes, como delegacias especializadas em proteção do idoso, o Ministério Público ou o Disque 100. Este último funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, recebendo denúncias e fornecendo informações sobre direitos humanos.

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