BRASIL

Marinho defende fim do bloqueio ao FGTS depois do saque-aniversário

Ministro do Trabalho classifica de “crueldade” mais de 8 milhões de trabalhadores demitidos, que optaram pelo saque-aniversário, ficarem com saldo do FGTS retido por dois anos

 

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9 de julho de 2024
Portal GCMAIS

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu o fim do bloqueio do FGTS e afirmou que considera uma “crueldade” o trabalhador que opta pelo saque-aniversário ficar dois anos sem poder retirar o saldo em caso de demissão. Segundo ele, há mais de 8 milhões de trabalhadores nesta situação, que optaram pelo saque-aniversário e estão hoje com o saldo retido. As declarações do ministro foram ao ar na Rádio NovaBrasil FM, em Brasília, durante entrevista realizada na última sexta-feira (5).

Marinho defende fim do bloqueio ao FGTS depois do saque-aniversário
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Marinho explicou que o FGTS foi criado para substituir a estabilidade do emprego e é uma poupança individual do trabalhador para socorrê-lo no momento do desemprego, além de ser uma importante fonte de recursos para o financiamento de programas habitacionais, de saneamento básico e de infraestrutura urbana. “Mais de 90% das obras de saneamento básico no Brasil foram com recursos do FGTS, hoje temos mais de R$ 100 bilhões para a habitação”, argumenta.

O ministro ressaltou que além de acabar com essa regra de indisponibilidade do saque do FGTS pretende criar a alternativa do crédito consignado. Ele explicou que o MTE já está construindo a proposta e fazendo os testes tecnológicos da plataforma. “Estamos negociando com as instituições bancárias e fazendo testes tecnológicos. Vamos fazer o projeto de lei e enviar ao Congresso Nacional”, afirmou.

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Na última reunião do FGTS, realizada no mês passado, foi aprovado o uso da plataforma do FGTS Digital, para viabilizar a implementação a concessão de crédito consignado ao trabalhador celetista. A proposta é que o trabalhador acesse a CPTS para simular empréstimo e compartilhar o resultado com os bancos, que terão 24 horas para ofertas do crédito consignado. O serviço será para todos os trabalhadores formais, inclusive MEI, domésticos e autônomos. A expectativa é habilitar mais de 80 instituições financeiras que já operaram com consignados junto ao INSS.

Ao longo do ano de 2023, o FGTS liberou para os trabalhadores R$ 158,4 bilhões em saques e desembolsou nas aplicações em habitação, saneamento básico, infraestrutura urbana e saúde, mais de R$ 54,4 bilhões, injetando na economia cerca de R$ 212,8 bilhões.

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