Um pintor acusado de matar a mulher e de tentar matar a filha da vítima foi condenado a 47 anos de prisão. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado e o réu não poderá apelar da decisão em liberdade. O crime aconteceu na cidade de Santa Quitéria, o interior do Ceará, em abril deste ano.
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De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado, o pintor e a vítima estavam juntos há quatro anos. No dia 08 de abril deste ano, após uma discussão do casal, a mulher optou por terminar o relacionamento e determinou que o companheiro deixasse a residência onde ela morava. Sem aceitar o fim da relação, o réu tirou a vida da ex-companheira, golpeando-a diversas vezes com o cabo de uma enxada.
A filha da vítima, uma adolescente de 13 anos, estava presente e foi chamada pelo homem para supostamente socorrer a mãe, que havia caído no chão. No entanto, ele logo começou a agredi-la com o mesmo objeto, ferindo-a gravemente.
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A garota contou para a polícia que desmaiou ao ser atingida com o cabo na cabeça e que, quando acordou, fugiu para buscar ajuda na casa de uma tia, tendo sido levada para atendimento hospitalar pela avó. Após o crime, o pintor descartou o pedaço de madeira utilizado em um riacho, e tentou fugir, mas foi preso em uma parada de ônibus.
O Tribunal do Júri condenou o pintor com as qualificadoras de motivo torpe, emprego de meio cruel e a utilização de recursos que dificultaram a defesa da vítima. Os jurados ainda consideraram que o crime foi cometido por razões da condição do sexo feminino. A pena do feminicídio foi fixada em 29 anos e quatro meses de reclusão. Já pela tentativa de homicídio da enteada, ele foi condenado a 18 anos, cinco meses e 20 dias.
O pintor também deverá indenizar os quatro filhos da mulher, em R$ 15 mil cada, assim como deverá pagar mais R$ 10 mil à adolescente agredida no dia dos fatos.
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