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Ceará reduz em 20% número de feminicídios em 2024, aponta SSPDS

Ceará reduz em 20% número de feminicídios em 2024, aponta SSPDS

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11 de novembro de 2024
Portal GCMAIS

O Ceará registrou uma queda de 20,5% nos casos de feminicídio entre janeiro e outubro de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS) aponta que a redução é resultado de ações planejadas em parceria com a Secretaria das Mulheres, além do uso de equipamentos e plataformas de proteção para vítimas de violência doméstica.

Ceará reduz em 20% número de feminicídios em 2024, aponta SSPDS
Foto: Reprodução

Até outubro deste ano, o Estado contabilizou 31 casos de feminicídio, frente aos 39 registrados nos dez primeiros meses de 2023. Em outubro, especificamente, houve uma retração de 40%, destacando o impacto das medidas preventivas adotadas.

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Caso Jamire de Oliveira: cinco Anos de luta por Justiça

O crime de feminicídio é um problema que vai além dos números. Casos como o de Jamire de Oliveira Correia, empresária morta aos 47 anos em seu apartamento no bairro Meireles, em Fortaleza, refletem a luta por justiça das famílias das vítimas. Inicialmente tratado como suicídio, o caso passou a ser investigado como feminicídio, com o namorado de Jamire à época, Ademir Pessoa Júnior, sendo apontado como suspeito. No entanto, após cinco anos, o advogado não foi preso nem julgado, o que causa revolta à família, que vê o acusado levando uma vida normal enquanto a dor da perda segue presente.

Ceará reduz em 20% número de feminicídios em 2024, aponta SSPDS

A SSPDS destaca que as ações integradas entre a segurança pública e o atendimento às mulheres têm sido fundamentais para a redução dos índices. O aumento das denúncias e das medidas protetivas formais também contribui para a segurança das mulheres. Somente em 2023, a Delegacia da Mulher em Fortaleza registrou 11.300 boletins de ocorrência, com 6.180 medidas protetivas solicitadas. Em 2024, até julho, foram registrados 7.000 boletins e 3.470 medidas protetivas.

Recentemente, uma mudança importante na legislação eliminou a necessidade de a mulher ser vítima de um crime para solicitar medidas protetivas. Agora, ao registrar um boletim de ocorrência, independentemente de ser delituoso ou não, a mulher pode pedir proteção, com o requerimento encaminhado ao Poder Judiciário pela própria delegacia.

O Papel da Delegacia de Defesa da Mulher e as ações de prevenção

A Delegacia de Defesa da Mulher tem um papel crucial nas investigações e no combate ao feminicídio e à violência doméstica. Segundo autoridades, a abordagem rigorosa e célere desses crimes, associada ao uso de tecnologias de proteção, como botões de pânico e sistemas de monitoramento, têm sido eficazes em evitar a progressão de ameaças contra as vítimas.

As forças de segurança reforçam que, para proteger a vida e a integridade das mulheres, é essencial que todas as denúncias sejam feitas formalmente e que as vítimas conheçam os mecanismos de apoio disponíveis. O esforço conjunto de segurança, prevenção e acolhimento das vítimas mostra resultados promissores na redução da violência contra a mulher no Estado.

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