SAÚDE

Butantan pede à Anvisa registro da sua vacina contra a dengue

Em caso de aprovação, o centro de pesquisa poderá ofertar cerca de 100 milhões de doses para o Ministério da Saúde nos próximos três anos

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17 de dezembro de 2024
Estadão Conteúdo

O Instituto Butantan submeteu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de registro da sua vacina contra a dengue, a Butantan-DV. Se aprovado, o imunizante será o primeiro do mundo em dose única contra a doença.

Butantan pede à Anvisa registro da sua vacina contra a dengue
Foto: Reprodução

De acordo com a instituição, os ensaios clínicos do imunizante demonstraram 79,6% de eficácia geral para prevenir casos de dengue sintomática e uma proteção de 89% contra dengue grave ou com sinais de alarme. Os estudos também demonstraram eficácia e segurança prolongadas por até cinco anos.

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Em caso de aprovação, o centro de pesquisa poderá ofertar cerca de 100 milhões de doses para o Ministério da Saúde nos próximos três anos. Dessas, 1 milhão poderá ser entregue já em 2025. O restante seria distribuído ao longo de 2026 e 2027.

O candidato a vacina contra a dengue é um imunizante tetravalente, formulado para proteger contra os quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).

“É um dos maiores avanços da saúde e da ciência na história do País e uma enorme conquista em nível internacional”, afirmou Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, em nota. “Vamos aguardar e respeitar todos os procedimentos da Anvisa, um órgão de altíssima competência. Mas estamos confiantes nos resultados que virão.”

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Os ensaios clínicos foram concluídos em junho deste ano, com os resultados mais recentes publicados na revista The Lancet Infectious Diseases. Os dados finais refletem o acompanhamento de mais de 16 mil participantes ao longo de mais de três anos. No estudo, além de demonstrar eficácia, o imunizante do Butantan se manteve seguro para toda a faixa etária de 2 a 59 anos.

Próximos passos

Depois do aval da Anvisa, a instituição deverá enviar uma solicitação de autorização de preço à Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED).

Após essa avaliação, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) vai estudar a possível incorporação na rede pública, que já oferece a vacina Qdenga, da farmacêutica Takeda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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