EM CAUCAIA

Dois suspeitos de envolvimento no ataque a provedora de internet no Ceará são denunciados

As investigações apontam que os crimes foram ordenados por uma organização criminosa

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29 de março de 2025
Portal GCMAIS

O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou, nesta sexta-feira (28), dois homens suspeitos de envolvimento no ataque a uma empresa provedora de internet localizada no Bairro Parque Soledade, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. Gustavo Cavalcante dos Santos e Gabriel Vasconcelos do Nascimento são acusados de participar do ataque ocorrido na madrugada de 17 de março, quando a loja da empresa foi incendiada. Câmeras de segurança registraram a ação criminosa.

Dois suspeitos de envolvimento no ataque a provedora de internet no Ceará são denunciados
Foto: Reprodução

Segundo a denúncia, Gustavo teve atuação direta no incêndio, acompanhado de outros quatro indivíduos ainda não identificados. Gabriel desempenhou o papel de “olheiro”, monitorando o local e facilitando a execução do crime e a fuga dos envolvidos. Gustavo foi preso em flagrante em um bar após o ataque, sendo identificado por estar sem balaclava. Gabriel, que usava tornozeleira eletrônica mas bloqueou o sinal para evitar rastreamento durante o crime, foi detido em sua residência próxima ao local do ataque. A defesa dos suspeitos não foi localizada.

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As investigações apontam que os crimes foram ordenados por uma organização criminosa, cujo objetivo é dominar territórios e lucrar com serviços essenciais. Para isso, a facção utiliza táticas terroristas, como ataques violentos, para espalhar medo e controlar economicamente determinadas regiões. O MPCE destacou que os envolvidos agiram sob ordens diretas do grupo criminoso.

Desde fevereiro, a organização criminosa, de origem carioca, tem realizado ataques contra provedores de internet no Ceará, exigindo pagamento de taxas das operadoras. Empresas que se recusam a pagar sofrem retaliações, incluindo incêndios, corte de cabos e ataques a tiros. A cidade mais impactada é Caridade, onde 90% dos clientes estão sem internet desde fevereiro.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará divulgou que, até o momento, 40 pessoas foram presas por envolvimento nesses ataques. As prisões ocorreram em três fases da Operação Strike:

  • 21 de fevereiro: quatro traficantes presos por crimes como tráfico de drogas e homicídios, posteriormente ligados aos ataques;
  • 12 de março (1ª fase da Operação Strike): 17 membros de facção presos;
  • 14 de março (2ª fase da Operação Strike): sete capturados e empresas ilegais fechadas;
  • 25 de março: um guarda municipal de Fortaleza e três comparsas presos;
  • 27 de março (3ª fase da Operação Strike): oito detidos em Caridade.

As forças de segurança também apreenderam veículos, armas, munições e aparelhos celulares durante as operações.

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Cronologia dos ataques a provedoras de internet no Ceará

  • 17 de março: Criminosos encapuzados atearam fogo na loja da Giga+ em Caucaia. Outros ataques ocorreram nos bairros Parque São Gerardo e na cidade de Caridade.
  • 14 de março: Segunda fase da Operação Strike prende sete suspeitos.
  • 12 de março: Primeira fase da Operação Strike prende 17 envolvidos.
  • 11 de março: Veículo da Brisanet é atacado com pedras em Caucaia.
  • 10 de março: Fachada da Acnet é alvo de tiros em Caucaia; fiações de empresa de internet são destruídas.
  • 9 de março: Um dia após o governador anunciar medidas de combate, empresa é atacada em Sítios Novos, Caucaia.
  • 8 de março: Governador Elmano de Freitas anuncia criação de grupo especializado para combater os ataques.
  • 7 de março: Facção destrói fiações de uma operadora em Caridade, deixando 90% da cidade sem internet.
  • 6 de março: Carro de serviço da Brisanet é incendiado em Caucaia.
  • 27 de fevereiro: Empresa vandalizada no distrito do Pecém, em São Gonçalo do Amarante.
  • 22 de fevereiro: Dois veículos da Brisanet são incendiados em Fortaleza.

Os ataques geraram grande impacto econômico e social, levando provedores de internet a suspenderem suas atividades em algumas regiões por falta de segurança.

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