O avistamento das duas peixes-bois tão próximas da costa chamou a atenção de banhistas e curiosos
Peixes-bois são avistados na Praia de Iracema em momento de reintrodução à natureza
Quem passou pela Praia de Iracema, em Fortaleza, na manhã deste sábado (10), teve a oportunidade de presenciar um momento raro: dois peixes-bois marinhos nadando livremente perto da costa. As fêmeas, batizadas de Rutinha e Angelina, fazem parte de um projeto de reintrodução à natureza coordenado pela ONG Aquasis e pelo Projeto de Conservação do Peixe-Boi Marinho (PCCB).

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Segundo a Aquasis, as duas peixes-bois percorreram juntas mais de 300 quilômetros desde os locais onde foram soltas até chegarem à capital cearense. Rutinha foi devolvida ao mar no dia 26 de janeiro deste ano, na Praia de Peroba, em Icapuí (CE), após passar por um processo de reabilitação no Recinto de Aclimatação da ONG. Já Angelina foi solta no dia 28 de agosto de 2024, na localidade de Diogo Lopes, no estado do Rio Grande do Norte.
Desde então, ambas têm sido monitoradas por especialistas por meio de transmissores GPS via satélite e dispositivos de rádio telemetria. A tecnologia fornece dados em tempo real sobre o deslocamento e o comportamento dos animais, permitindo que as equipes acompanhem sua readaptação ao ambiente natural. “Com essas tecnologias, conseguimos acompanhar os peixes-bois após a soltura. A cada nova localização enviada, podemos avaliar como está sendo o deslocamento deles e intervir, se necessário”, explicou o médico veterinário Diego Ramires, técnico da ONG Aquasis.
O avistamento das duas peixes-bois tão próximas da costa chamou a atenção de banhistas e curiosos, mas também acende um alerta sobre a importância de manter distância e respeitar o espaço dos animais. A ONG Aquasis reforça orientações fundamentais para garantir a segurança dos peixes-bois e o sucesso do processo de reintrodução:
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Não toque nos animais: o contato humano pode causar estresse e prejudicar sua adaptação;
Não ofereça comida ou água: eles se alimentam exclusivamente de vegetação aquática;
Não mexa nos equipamentos presos aos corpos dos animais: os dispositivos são essenciais para o monitoramento;
Mantenha distância segura: permita que os animais sigam seu curso natural.
Os peixes-bois são mamíferos costeiros que vivem em águas salgadas, mas dependem de água doce para beber, o que os torna extremamente vulneráveis a mudanças ambientais e à presença humana. Lentamente, Rutinha e Angelina estão redescobrindo o oceano — um passo significativo na conservação da espécie, classificada como ameaçada de extinção.
De acordo com os dados mais recentes de monitoramento, a expectativa é que as duas continuem seu deslocamento rumo ao litoral oeste do Ceará, com possível chegada à Praia do Cumbuco ainda neste fim de semana. A movimentação conjunta das duas fêmeas também é vista com entusiasmo pela equipe técnica, pois indica que os animais estão estabelecendo laços sociais mesmo após longos períodos de reabilitação em isolamento.
“Esses peixes-bois estão passando por uma fase crucial, que é a reinserção no habitat natural. Por isso, qualquer interferência humana, por mais bem-intencionada que pareça, pode atrapalhar esse processo”, reforçou Diego Ramires.
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