Muita gente não sabe, mas ter o hábito de realizar as revisões periódicas, indicadas pelas montadoras, ajuda, e muito, na manutenção de diversos itens do veículo que costumam apresentar defeitos. Além disso, a manutenção preventiva é excelente no momento da revenda, já que veículos bem cuidados conseguem atrair possíveis compradores com mais facilidade.
As revisões são divididas em três tipos: preditiva, preventiva e corretiva. O que costuma indicar o tipo de revisão a ser feita em um carro, é seu estado de conservação, mas existem alguns itens que devem, obrigatoriamente, ser verificados em todas essas manutenções. Importante ressaltar também, que todo e qualquer veículo, seja ele novo, seminovo ou antigo, deve ser inspecionado regularmente por um profissional capacitado, em um estabelecimento de confiança.
A revisão preditiva consiste no acompanhamento periódico do veículo através da inspeção e do monitoramento de determinados sistemas de funcionamento, o que pode se classificar como um monitoramento de rotina, já que é baseada nas reais condições em que o carro se encontra, com o intuito da redução de probabilidade de falhas, desgastes e danos nos equipamentos.
Esse tipo de manutenção prevê possíveis falhas, permitindo ao proprietário, programar os reparos e ajustes no veículo antes que problemas apareçam. Nesse tipo de revisão, geralmente é realizada a análise do óleo, que pode indicar irregularidades ou desgastes, com base na presença de elementos contaminantes.
A revisão preventiva é a mais conhecida pela grande maioria dos proprietários de veículos e é, basicamente, a checagem periódica de todos os componentes do carro.
Ela é essencial para garantir eficiência e confiabilidade no veículo, evitando desgastes e possíveis falhas. Significa planejar uma ação de revisão, controle e monitoramento dos equipamentos, a fim de que possam funcionar da melhor maneira possível. Apesar de ser uma das mais econômicas, a revisão preventiva é considerada a mais importante, pois evita o agravamento de possíveis defeitos e, consequentemente, o risco de acidentes, panes e gastos que poderiam ser evitados.
Já a revisão corretiva, como seu próprio nome diz, trata-se de uma manutenção que deve ser realizada para corrigir algo que está apresentando falhas. Ela tem o intuito de restaurar as condições originais do veículo, fazendo com que ele volte a funcionar normalmente.
Essa manutenção não é programada, já que é realizada após um determinado dano. Além disso, a revisão corretiva, geralmente tem um custo mais elevado se comparado às outras, pois acontece quando determinado equipamento ou peça já apresenta mau funcionamento e precisa ser substituído.
Pouca gente sabe, mas a falta de manutenção preventiva nos veículos é uma das principais causas de acidentes de trânsito. É comum vermos veículos circulando pelas vias, com os pneus “carecas”, o que, em dias de chuva, pode levar à aquaplanagem, causando acidentes que poderiam ser evitados se a revisão preventiva, e a substituição necessária, tivessem sido realizadas.
Além do risco de acidentes, conduzir veículo em mau estado de conservação é infração de trânsito grave, de acordo com o art. 230, XVIII do Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
Para saber quando o carro precisa ser levado para uma revisão, depende muito de sua utilização. A maioria das montadoras indica revisar o veículo a cada 12 meses ou a cada 10 mil quilômetros, mas esse prazo tende a cair pela metade, ou seja, a cada seis meses ou a cada 5 mil quilômetros, em carros com utilização mais severa, como aqueles que rodam constantemente em trânsito lento.
Além disso, o prazo determinado para a realização das revisões pode definir a substituição de determinadas peças, como as velas de ignição, por exemplo.
Todos os sistemas do veículo devem ser verificados sempre que possível, afinal, para garantir uma dirigibilidade com segurança e conforto, é necessário que todos os sistemas estejam funcionando perfeitamente.
Seguem os principais itens a serem verificados nas revisões programadas, conforme orientação dos fabricantes: alinhamento, balanceamento e calibragem dos pneus; sistema de suspensão e amortecedores; fluído e sistema de freios; níveis do fluido do sistema de arrefecimento do motor; óleos lubrificantes; níveis dos líquidos para limpeza dos vidros; palhetas dos limpadores de pára brisas; luzes; bateria e sistema de embreagem.