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O segredo que ninguém te conta sobre as maiores empresas do mundo!

No ambiente corporativo é muito comum ouvir falar em gerar grandes resultados com o mínimo de recurso possível. Não é fácil entender essa filosofia ou conceito, apesar de ser mais atemporal do que imaginamos.

Provavelmente você já consumiu um produto de alguma marca conhecida mundialmente ou até mesmo criou certa dependência de uma empresa no dia a dia, como a Booking, Amazon, Uber entre várias outras. E sabe o que todas essas empresas têm em comum? Todas fazem mais com menos!

A Booking, uma OTA (Online Travel Agency) mundialmente conhecida no meio de hospedagem, é uma empresa tecnológica onde seu core business é alugar acomodações em hotéis, pousadas, pensões, apartamentos e quaisquer outros meios de alojamento. O mais curioso é que a Booking é considerada uma das melhores e maiores empresas em número de leitos disponíveis para locação, sem ser dona de nenhum quarto de hotel, ou seja, a empresa vende algo que não precisa comprar. É um serviço onde a companhia vende, recebe o pagamento do seu cliente e somente depois repassa os devidos valores para os seus parceiros “prestadores do serviço”. Isso é fazer mais com menos.

Outro exemplo clássico é a Uber, também mundialmente conhecida, uma empresa tecnológica de transporte de passageiros, apesar do foco da sua atividade ser tecnologia. A Uber atualmente é possuidora da maior frota de veículos do mundo, mas por incrível que pareça ela não é dona de nenhum veículo. Ela vende o serviço do parceiro sem ter que adquirir e nem antecipar nenhum recurso financeiro para o prestador. Definitivamente ela vende, recebe o pagamento e só depois paga pela prestação do serviço. Dessa forma, ela ganha dinheiro utilizando o dinheiro dos outros, fazendo mais com menos.

Quem nunca comprou algo na Amazon? a gigante da internet tornou-se conhecida por ter absolutamente “tudo” que você precisa, de A a Z. A Amazon preza muita pela excelência em seus serviços e produtos com alto nível de pós-venda. A cada ano que passa a empresa inova e amplia seu gigante leque de produtos e serviços, passando por produtos, como livros, equipamentos eletrônicos, vestuário, assim como servidor de internet, streaming e muito mais.  A ideia de Jeff Bezos sempre foi estar entre as maiores empresas do mundo, com uma visão muita clara em fazer mais com menos, e ninguém melhor que ele para fazer isso com maestria. A grande sacada de Bezos é ganhar dinheiro com o dinheiro dos outros, pois a regra é a mesma: vender os produtos dos outros, receber antecipado e pagar posteriormente. Isso chega a ser a forma de cash. Esse conceito poderosíssimo fez de Jeff benzos um dos homens mais ricos do mundo.

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As instituições financeiras levam muita risca o conceito de fazer mais com menos, não é à toa que os bancos pegam o seu dinheiro e repassam para outras pessoas com juros bem maiores do que os juros pagos para você. Em resumo os bancos utilizam o índice de IOE (Índice de Operações Especiais) mensurando os índices de máximo retorno com o mínimo de investimento possível, talvez você seja adepto desse conceito na sua vida ou em sua empresa de forma intuitiva, mas que de toda forma tem seu valor.

Podemos citar como exemplo uma grande empresa brasileira que aplica esse conceito, mas que tem comprometido um dos pilares fundamentais do conceito que é a credibilidade. Recentemente em meio as polemicas que envolve a maior agência de turismo online do brasil HURB. O seu CEO João Mendes revela aos seus clientes o segredo da empresa, que é fazer mais com menos. Vende o produto, recebe de seus clientes e só depois pagar seus fornecedores. Não deixa de ser genial a forma de fazer mais com menos, assim com os grandes plays no mundo. O que não podemos esquecer é um princípio para esse conceito que é a credibilidade, quem perde a credibilidade não consegue ganhar dinheiro fazendo mais com menos.

O CEO da empresa João Mendes diz que “vamos continuar vendendo pelo preço mais baixo possível, pois somos uma empresa de tecnologia e pra mim tecnologia é fazer mais com menos.”

A empresa conhecida internacionalmente e famosa por bater constante recordes de venda, porém muito polemica por vender barato.

Segundo o site Panrotas:

“Hurb registra alta de 28% no faturamento em 2022. Travel tech embarcou mais de 1,2 milhões de viajantes e ampliou seu portfólio de destinos”.

Os números da HURB comprovam que a movimentação turística esteve acima do esperado em 2022. Com um aumento de 28% do faturamento anual. A Hurb também inclui oito companhias aéreas em seu portfólio e mais de 254 hotéis diretos ativados na sua plataforma, passando a atuar em outros 10 pontos de partidas.

Como resultado, foram 402 mil quartos ocupados ao longo do ano, uma alta de 28% na comercialização de diárias e a operação de mais de 1,2 milhão de viajantes. “Crescemos cerca de 20% na quantidade de destinos que oferecemos na plataforma, totalizando mais de 272 destinos visitados durante todo o ano que passou. Estes números mostram que as atividades turísticas estiveram nos planos dos brasileiros em 2022 e indicam que haverá destaques positivos neste ano”, comenta a head de Growth do Hurb, Gabriela Armstrong.

No âmbito nacional, a companhia registrou opções de hotéis em 14 novos destinos, com mais de 295 contratos novos ou reativados. E para este ano, a empresa prevê crescimento de 56% nas diárias exclusivas da plataforma. Já no internacional, cerca de 130 hotéis foram ativados diretamente no sistema do Hurb, o que resultou em mais de 880 mil quartos com disponibilidade exclusiva no Caribe e mais 65 mil no restante do mundo. Durante o ano, o Hurb marcou presença em 27 novos destinos internacionais, que contribuíram para aumento de 66% do faturamento de hotéis fora do país, 91% em diárias e 980 contratos – entre novos e reativados. Para este ano, a marca prevê aumento de 60% nas diárias exclusivas.

Apesar de todos esses números e o impacto econômico no setor de turismo, a empresa vem passando por sérios problemas financeiros, que segundo o seu CEO João Mendes tem reflexo da quebra da Américas no Brasil e agravado pela quebra do Silicon Valley Bank nos Estados Unidos que refletiu no mercado financeiro. Segundo João Mendes, o único banco da companhia era o Itaú onde grande parte da receita dependia de antecipação, onde o Itaú passou a não antecipar os valores como costumava. Segundo João Mendes o Hurb hoje tem mais de 800 milhões em caixa sem poder antecipar para pagar seus parceiros, como hotelaria e companhias aéreas para atender seus clientes.

Existe riscos em fazer mais com menos, ou seja, ganhar dinheiro com dinheiro dos outros, o risco é muito grande e requer muita credibilidade. Credibilidade é algo indispensável e não aceita erros. Para a empresa que trabalha com esse conceito de fazer mais com menos, precisa de extrema responsabilidade, e ótimas estratégia para suportar situações de crise seja por fatores externos ou internos, mas que a confiança dos stakeholders não seja comprometida.

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