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Na retomada das empresas, área de RH vira aliada no combate à Covid-19

Faltando apenas alguns dias para o término deste que já pode ser considerado como um dos anos mais desafiadores para o mercado de trabalho, algumas empresas estão se movimentando para retomar suas atividades presenciais.

Segundo o IBGE, cerca de 800 mil pessoas já voltaram a trabalhar de forma presencial só na terceira semana de agosto. Em setembro e outubro foram 11,2 milhões de trabalhadores deixando o home office.

Paralelamente a essa retomada, existem empresas que estão optando pelo formato híbrido, ou seja, com equipes trabalhando presencialmente enquanto outras se mantêm em trabalho remoto.

Independente do formato escolhido, o mais importante neste momento é ter atenção e dedicação para que o retorno presencial ao ambiente de trabalho ocorra de forma tranquila e segura. Afinal, ainda estamos convivendo com o vírus, infelizmente!

Nesse sentido, a área de Recursos Humanos, cuja missão é oferecer espaço e clima organizacional livres de impactos negativos ao bem-estar geral dos colaboradores, ganha ainda mais relevância neste momento, já que deve contribuir para que os trabalhadores retornem ao dia a dia seguros.

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Por ser um tema de grande relevância e preocupação para as empresas e principalmente para os trabalhadores, a Organização Mundial do Trabalho (OIT) preparou um documento cujo objetivo é orientar as companhias para que estejam preparadas para receber seus funcionários com a segurança e tranquilidade que a situação exige.

Segundo a OIT, independentemente dos protocolos de segurança adotados pelas empresas, as pessoas devem estar no centro de toda e qualquer decisão, ou seja, os direitos dos trabalhadores devem ser priorizados em todas as decisões, sejam de ordem econômica, social ou ambiental. Somente dessa forma é que a retomada deve ocorrer.

Ainda de acordo com a entidade, antes de decidir pela retomada, os locais de trabalho devem ser avaliados um a um para que sejam avaliadas quais medidas preventivas são necessárias de acordo com o perfil da empresa e a demanda dos profissionais, lembrando que o mais importante é manter em home office os funcionários que fazem parte dos grupos de risco.

Em algumas companhias, além do distanciamento físico, do uso de máscaras e da higienização frequente de áreas comuns e equipamentos de uso pessoal, é primordial evitar o uso de ar condicionado, adotar barreiras físicas e até flexibilizar os horários de trabalho visando reduzir a quantidade de pessoas num mesmo espaço.

A preocupação maior deve ser o controle do uso de ambientes comuns, como refeitórios e elevadores. Também é fundamental um trabalho de conscientização junto aos colaboradores para que eles sigam rigorosamente todos os protocolos também em suas residências e no convívio social.

Outro ponto importante que deve ser reforçado é a atenção ao trajeto entre a casa e a empresa, que pode expor os trabalhadores à contaminação, principalmente em transportes coletivos. Neste caso, a recomendação é o uso de automóvel próprio ou a flexibilização dos horários de entrada e saída, para que assim sejam evitados os momentos de picos no transporte.

Diante das atuais circunstâncias, a área de RH “ganha” mais uma responsabilidade importante dentro da estratégia da empresa, já que soma às suas atividades rotineiras o cuidado com a saúde das equipes. Assim, listamos alguns cuidados indicados pela OIT como forma de minimizar os riscos de contágio pela doença:

Seguindo essas regras é possível ter um retorno mais tranquilo ao dia a dia das atividades, mas se não há a necessidade de retorno imediato e se o nível de produtividade segue de acordo com as necessidades da empresa e dos clientes, o melhor ainda é o trabalho a distância, que é ainda mais seguro para todos.

Marcelo Souza é CEO do Grupo Soulan e Country Manager da Thomas International Brasil.

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