Por Maria Funari* 

Hoje, muito se fala sobre diversidade, mas nem todos entram a fundo no tema. Quando analisamos a palavra “diversidade”, que vem do latim “diversitas” com a ideia de pluralidade, podemos chegar a várias frentes, como diversidade de ideias, de pessoas, raças, etc.

Nosso país pode ser usado como exemplo. Um lugar que era habitado por índios, recebeu europeus, na sequência africanos e depois mais europeus e asiáticos que vinham para substituir a mão de obra escrava. Ou seja, hoje, todos nós que povoamos o país temos descendência de um, de alguns ou até de todos estes povos. A miscigenação é a principal característica do brasileiro.

Mas, e voltando para o ambiente corporativo? Bom, não poderíamos falar de diversidade nas empresas se antes não entendêssemos que ser diferente faz parte de nós, da nossa história.

A discussão hoje sobre diversidade é muito ampla. Temos alguns pilares que norteiam o assunto. Um deles é a inclusão. Nas empresas podemos falar em incluir jovens, idosos, negros, asiáticos, mulheres, homossexuais, entre outros. Mas não basta incluir, é preciso oferecer equidade, que é outro pilar extremamente importante.

Mas o que é isso? Simples, trata-se de oferecer condições justas para que todos atinjam determinado objetivo. Um exemplo simples é um jogo de futebol que pode ser visto por cima do muro. Duas pessoas têm interesse em assistir, mas elas têm alturas diferentes. Se uma delas receber um caixote para subir já será o suficiente para que consiga ver e torcer. Já a outra pessoa precisa receber dois caixotes. Oferecer essa possibilidade é equidade e é essencial para que os dois atinjam o objetivo.

No mundo empresarial não é diferente. Se a meta é alcançar determinada posição é preciso que todas as pessoas interessadas tenham oportunidade. Aqui por exemplo, quando abrimos uma vaga buscamos no mercado, mas também damos a chance para quem já faz parte do time.

O colaborador interessado se candidata, se atender os requisitos. E se não atender ele pode participar de treinamentos, muitos deles oferecidos por nós mesmos, e participar do processo em outro momento.

Nosso plano de carreira que mostra uma trilha por onde o colaborador pode seguir é um exemplo claro disso também. Aqui, cada um é dono de sua carreira e tem a chance de se desenvolver. É uma forma de oferecer a todos a oportunidade de crescer, de buscar e de conquistar cada vez mais espaço, de forma justa.

Além da inclusão e da equidade, a própria diversidade é um pilar dentro do assunto. Este item mostra que somos diferentes uns dos outros. Toda empresa é composta por pessoas que vieram de locais diversos, com criações e crenças religiosas diferentes. A pluralidade é o que forma um time de sucesso. Quanto mais diversa a equipe, maior o poder de visão ampliada em busca do mesmo objetivo. Neste caso, cabe a liderança orquestrar essas diferenças que, no fim das contas, trazem inúmeras vantagens para a empresa.

É essencial enxergar o quanto a diversidade é estratégica para o negócio, pois aumenta a possibilidade de inovar e de criar novas soluções. Afinal, passamos a contar com times compostos por pessoas que por carregarem experiências diferentes, trazem consigo um dom inigualável: a capacidade de olhar a mesma situação por diversos ângulos.

Afinal, ser humano é ser diferente. Por isso somos tão especiais. Aqui, vivemos e celebramos as nossas diferenças.

*Maria Funari é Head de Pessoas e Desenvolvimento Humano na Accesstage