Decidir qual profissão seguir ou alterar o rumo profissional já estabelecido pode ser difícil quando não se sabe ao certo o que fazer. Por isso, recorrer à orientação é essencial para essas situações. Realizado por um especialista, a orientação profissional tem o objetivo de atender a questões relacionadas à carreira, as quais abrangem indecisão, sofrimento, transição, dentre outras. Pode ser realizada em contexto clínico, educacional e organizacional, geralmente conduzida por profissionais de Psicologia.
Segundo Olívia Guerreiro, psicóloga e professora do curso de Psicologia da Unifametro, é importante identificar a melhor forma de desenvolvimento para uma boa orientação profissional. “Temos 3 tipos de técnicas de desenvolvimento de carreira: mentoring, coaching e counseling. A última é o que denominamos orientação profissional. O objetivo é favorecer os processos de decisão ou escolhas de carreira, ou mesmo lidar com situações de indecisão, dúvida, sofrimento psíquico e demais dificuldades associadas ao trabalho”, pontua a consultora organizacional.
Além de trabalhar com adultos, a orientação profissional atua com crianças, adolescentes e idosos. Para as crianças, a orientação de carreira possui abordagem educativa, já adotada em algumas escolas no Brasil; nestes casos, se desenvolve o projeto de vida. No Brasil, a Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP) reúne os profissionais atuantes na área e publica novos achados científicos sobre o tema.
Inúmeros são os benefícios de uma orientação profissional coerente e investir em ferramentas que desencadeiam o autoconhecimento sobre habilidades e interesses profissionais é crucial para o processo de desenvolvimento. Dependendo do referencial teórico e do método adotado, a orientação profissional pode ser feita de várias maneiras. Há profissionais no Brasil que já trabalham com a abordagem de LIFE DESIGN, onde os orientandos serão conduzidos na elaboração e realização de um plano de vida e de trabalho, o que requer vários encontros e tarefas específicas.
Para os estudantes que saem do Ensino Médio, fazer a escolha errada do curso de graduação é super comum. Porém, isso pode levar o aluno a desistir da faculdade antes do término dela ou até concluí-la de maneira insatisfatória, tornando-se um profissional frustrado.
Além da carreira estagnada e da carreira em ascensão, a transição de profissão no país também é bastante comum, haja visto que essa é uma das principais opções quando não se desempenha mais as atividades trabalhistas com satisfação. De acordo com a professora da Unifametro, o perfil do profissional em transição deverá ser analisado e o profissional “deverá se aprofundar na identidade vocacional e nas possibilidades mais adequadas para este cliente, contribuindo para que ele consiga construir um plano de carreira”, finaliza.