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Especialista explica as novas formas de recrutamento e dá dicas para recolocação no mercado de trabalho

A pandemia do coronavírus acelerou a usabilidade de ferramentas digitais para a realização de recrutamento e seleção de candidatos.

Segundo a doutora e professora Graziela Cristina Vital, coordenadora do curso de Administração da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, as formas de contratação do RH foram diretamente alteradas nesse período de isolamento social.

“Entrevistas feitas por meios remotos Skype, Meetings, Hangouts, entre outros, se tornaram corriqueiras, economizando tempo e recursos tanto para a empresa quanto para pessoas candidatas. Tais ferramentas também possibilitaram formas mais criativas e diversas de se expressarem, como o uso de gravação de vídeos bem como testes virtuais de conhecimentos lógico e técnico”, avalia.

Com isso, a especialista explica que essas mudanças de gestão, intensificaram os desafios para profissionais de RH e pessoas interessadas em ingressar no mercado de trabalho. “Vivemos em um país com altos níveis de desigualdade e a pandemia expôs ainda mais tal fato, pois ela afeta o acesso à qualificação para o mercado de trabalho. Nem todo mundo dispõe de amplo acesso à tecnologia”, ressalta.

“Neste contexto, pessoas qualificadas são altamente requisitadas pelas empresas, enquanto um grande número de pessoas vê suas chances de um emprego restrito às vagas de baixa remuneração. Do ponto de vista de recrutadores, o uso adequado de ferramentas de recrutamento e seleção diversificadas se tornam fundamentais, pois se faz necessário atrair e reter colaboradores que tragam os talentos essenciais para o desenvolvimento dos objetivos estratégicos da companhia”, relata.

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A docente explica também que pela perspectiva de profissionais, é preciso expandir os meios de buscas por vagas de empregos disponíveis, bem como aprimorar a forma em que habilidades, competências e experiências são divulgadas.

“Ter um currículo bem redigido e focado é o ponto inicial, mas é preciso participar ativamente de redes sociais específicas, como LinkedIn, se cadastrar em sites de empregos, manter contatos profissionais (networking), entre outros”.

A docente da Unicid sugere, que neste momento, os requisitos buscados pelos recrutadores, são profissionais que demonstrem possuir habilidades comportamentais, profissionais e técnicas. “Profissionais que atuam em recrutamento e seleção indicam que as habilidades comportamentais têm se tornado a cada dia um diferencial mais relevante. Com os avanços tecnológicos, é mais fácil treinar colaboradores tecnicamente, mas habilidades comportamentais são mais difíceis de serem ensinadas, ” avalia.

BUSCA CONTANTE DA VAGA

Ainda segundo a docente, as pessoas devem expandir as buscas por empregos a todos meios possíveis. “Existem inúmeros portais que oferecem vagas, mas muitas vagas não chegam a estes sites de empregos, e acabam ficando escondidas dentro das próprias empresas, que acabam buscando perfis profissionais via indicação de colaboradores internos. Por isso, ter um perfil no Linkedin e aprender a utilizar todas funcionalidades disponíveis é muito importante”.

A professora recomenda procurar por formas de contato direto com a empresa. “Sugiro que as pessoas que buscam recolocação profissional façam uma busca ativa nos sites das empresas em que tenham interesse em trabalhar, e cadastrem seus currículos na seção Trabalhe Conosco (nome mais comumente usado para identificar a área no site da empresa em que são divulgadas vagas disponíveis e cadastro de currículos). ”

MELHORES TALENTOS E CONDUTA DOS RECRUTADORES

A professora destaca que   os recrutadores têm um papel fundamental para o sucesso da empresa, pois são responsáveis por buscar os melhores talentos humanos.  “Selecionar e alocar profissionais para desempenhar com qualidade suas atividades é um elemento essencial para a estratégia da empresa, pois estes profissionais planejarão e executarão os objetivos e metas traçadas pela alta gestão”, enfatiza.

Para a especialista, cabe aos recrutadores compreender que a maioria das pessoas estão sendo profundamente afetadas por essa pandemia, profissional e pessoalmente. “Os recrutadores devem redobrar os cuidados no tratamento com as pessoas candidatas às vagas de emprego, tratando-as com a consideração e empatia que o momento exige. É preciso ser flexível em relação aos horários e formas de processos seletivos (é importante lembrar que muitas pessoas ainda possuem dificuldade de acesso à internet de qualidade, ou encontram dificuldades de se locomoverem devido à pandemia) e não encarar a pessoa candidata como alguém que está em desespero pela vaga. Quem faz o recrutamento precisa compreender o contexto geral e ter sensibilidade para buscar seus objetivos da forma mais humana possível”, enfatiza a docente.

DICAS DE RECOLOCAÇÃO NO MERCADO

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