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Especialista avalia os impactos nas relações de trabalho ocasionados pela pandemia

A pandemia alterou os processos na maioria dos ambientes corporativos, sobretudo às empresas que adotaram home office como rotina. Para o Me. Fabio Teodoro Tolfo Ribas, coordenador do MBA em Gestão Empresarial e Liderança, Gestão de Pessoas e Coaching, e coordenador dos cursos de Tecnologia em Recursos Humanos, Gestão da Qualidade do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, o atual cenário é de reconstrução profissional e pessoal.

“O atual cenário das relações de trabalho, principalmente por causa do home office, é um campo em reconstrução, pois o tradicional aperto de mão, olho no olho, foram substituídos pela interação por meio da tecnologia. Na minha percepção, a impessoalidade ganha espaço nas relações interpessoais. Mesmo que tenhamos as melhoras ferramentas de tecnologia, a melhor internet, os melhores aplicativos, as relações interpessoais estão fragilizadas pelo distanciamento”, avalia.

Diante desse contexto, o docente de FSG sugere que os gestores estão com mais responsabilidades no que tange à liderança de equipe e que é preciso encontrar um equilíbrio nessa nova gestão.

“Agora é preciso enxergar no funcionário, o que antes se fazia presencialmente num aperto de mão, num olhar pelo corredor, ou até mesmo numa conversa para um café. Os gestores precisam estar atentos às ações de seus subordinados, adequar-se ao cenário. É preciso estar atento, não apenas se as metas estão sendo cumpridas, que de fato um relatório pode traduzir, mas também sobre a saúde do colaborador, tanto física quanto psíquica, ou emocional, esse é o equilíbrio”, argumenta o Me. Fábio Teodoro.

O especialista justifica ainda, que aos mínimos sinais de necessidade, é primordial que esse gestor tenha consciência que ocasionalmente, o seu colaborador precisa apenas ser ouvido, e que a ampliação de habilidades em comunicação, como empatia, saber ouvir e falar, precisa estar na mente de todos os envolvidos no ambiente corporativo.

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“Gestores e colaboradores precisam refletir sobre as habilidades de comunicação, esse período de distanciamento exige isso, qualidade como empatia, saber ouvir, entre outras, atributos que são fundamentais para o bom exercício dos relacionamentos sadios e genuínos. Se ambos trabalharem no sentido de interagir cada vez mais esses pontos, não tenho dúvida que o resultado será de melhores relações e mais produção corporativa”, aponta.

O professor ressalta que para a aplicação dessas novas relações e adaptações, torna-se necessário a incorporação, nos ambientes corporativos, de espaços virtuais e físicos mais descontraídos ou informais, como agendas para eventos, reuniões e grupos de discussões para interações.

“Dessa maneira vejo que os relacionamentos podem ser menos prejudicados pelo distanciamento do home office, e entendo que, enquanto gestores, precisamos flexibilizar certas formalidades, e essas ações também podem ser aplicadas com clientes, é o que eu indico e enfatizo de acordo com a minha experiência no setor”, pontua.

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