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Jovens revelam quais itens chamam a atenção em uma empresa

Mesmo diante do alto índice de desemprego, brasileiros continuam exigentes ao escolher uma vaga ou empresa. Afinal, cada vez mais, os profissionais “ganham” os papéis dos contratantes e tornam-se os protagonistas dos processos seletivos e oportunidades. Nesse sentido, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo em seu site com jovens entre 15 e 29 anos perguntando: “qual destes itens você considera o mais relevante para uma empresa chamar sua atenção?”. A pesquisa feita entre 3 e 14 de maio, com a participação de 34.896 pessoas, mostrou a aspiração por cargos de liderança tomando o lugar das grandes remunerações.

A alternativa de destaque nesse levantamento, com 39,86% (ou 13.909) dos votos, foi: “possibilidade de chegar a um cargo de liderança”. De acordo com a coordenadora de recrutamento do Nube, Jéssica Quione, o crescimento e a ascensão são os maiores desejos de quem quer desenvolver a carreira. “É sim importante identificar na companhia a possibilidade de atingir esses objetivos. Contudo, alguns fatores podem interferir nesse planejamento a médio e longo prazo, como as crises imprevistas no mercado de trabalho ou área de atuação, por exemplo. Sendo assim, é essencial analisar se aquela experiência será relevante para sua trajetória e o fará adquirir novas habilidades e aprendizados, mesmo se futuramente o tão sonhado cargo de liderança naquele lugar não chegar”, explica.

Todavia, é preciso manter as esperanças e lutar por isso. “Para alcançar essa posição é importante ter conhecimento de seus pontos fortes e de melhoria. Além disso, querer contribuir para o crescimento da marca é fundamental. Afinal, um futuro líder deve sempre estar atento às tendências do mercado e buscar conhecimento constantemente por meio de aperfeiçoamento, um bom relacionamento interpessoal e trabalho em equipe”, diz Jéssica.

Já para 23,05% (8.042) dos participantes, a flexibilidade de horários é o fator chave. Isso vem ganhando destaque durante a pandemia e pode aumentar a produtividade e a qualidade de vida do colaborador. “Cada um tem um horário mais produtivo para realização de suas tarefas. Então, permitir a atuação em conformidade com esses períodos, gera-se mais motivação, resoluções mais criativas para os problemas, além de aumentar a entrega dos resultados. Com tudo isso, a relação ofício e vida pessoal se torna mais saudável”, comenta a recrutadora.

Outros 16,82% (5.868) priorizam “muitos benefícios” na hora da escolha pela posição ou corporação. Segundo a especialista, esses também são aspectos impulsionadores da motivação e reconhecimento do time. “Isso resulta em funcionários mais engajados em suas funções e com a organização. Todavia, as vantagens isoladamente não garantem todos os aspectos essenciais para um local ser considerado satisfatório. Existem aqueles grandes moventes de entusiasmo como os horários flexíveis, capacitação, folgas remuneradas, espaços de lazer e descanso, entre outros”, alerta.

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Somente 10,84% (3.784) deram preferência para a possibilidade de atuação remota. Diante da modalidade compulsória, atualmente, esse não é mais um motivo de diferenciação e, sim, parte do “novo normal”. “As vantagens do home office são diversas, destacamos o aumento da produtividade e redução dos custos da entidade. Já para os contratados há melhoria do bem-estar, mais horas de sono, contato maior com a família e possibilidade de momentos de lazer, além da diminuição do estresse”, ressalta a selecionadora.

Por fim, apenas 9,44% (3.293) ainda favorece um salário alto. Para Jéssica, esse é um artifício das instituições para chamar atenção dos candidatos, afinal, uma remuneração justa traz satisfação e reconhecimento. “Entretanto, buscar somente isso pode trazer descontentamento devido a diversos fatores. Por isso, é fundamental analisar a compatibilidade com os valores institucionais, pesquisar sobre o espaço laboral e chefia, crescimento e aprendizagem, os quais podem passar despercebidos caso a candidatura ocorra exclusivamente por conta do alto rendimento financeiro”, finaliza.

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