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Salário de contratação volta a cair, por quê?

O salário médio real de contratação no país em empregos voltou a cair. Enquanto no ano passado o valor foi de 1.982,55, em 2022 o valor é de  R$ 1.926,54 no mesmo mês (julho). Dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Ministério do Trabalho e Previdência.

No entanto, em 2022, do mês de junho para julho, houve um aumento de 0,8%. No sexto mês do ano o salário médio de contratação ficou em R$ 1.911,23. Na comparação com janeiro deste ano, que teve o maior valor registrado (R$ 1.994,11) desde julho de 2021, a queda foi de 3,4%.

“O cenário que o Brasil e o mundo estão passando neste período é chamado “pós pandemia”. Com a COVID, tivemos um grande volume de empresas fechando, reduzindo seu quadro de colaboradores, que colaborou com o alto número de desempregados. Só agora que a economia dá sinais de retomada em seu crescimento”, comenta Richard Clayton, especialista em gestão de negócios e planejamento tributário

Foram analisados 20 principais setores das atividades econômicas. Os menores salários pertencem ao setor de Alojamento e Construção, com R$ 1.493. Já a maior média salarial está nos Organismos Internacionais e outras Instituições Extraterritoriais, com R$ 6.523. (confira melhor os números)

Para Richard, a maior média se destaca pela alta especialização que os profissionais da área necessitam e que o mercado exige. “O valor acaba sendo alto por conta da desigualdade na especialização”, diz.

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Desemprego

O Brasil encerrou o segundo trimestre com 10,1 milhão de desempregados, dos quais cerca de 3 milhões tentam se recolocar no mercado, pelo menos, desde maio de 2020. Ao menos 4,3 milhões desistiram da busca e estão desalentados.

“Vivemos um momento muito complexo em relação ao desemprego e também a falta de mão de obra especializada. As relações de trabalho mudaram muito nos últimos anos, e a pandemia também apresentou uma nova forma de conduzir a relação empregado x empregador. “, diz Richard.

Para o empresário, os profissionais estão buscando muito mais do que salário e benefícios. “Essa procura é por ambientes de trabalho que proporcionem crescimento, desafios e também que realizem ações que valorizem suas entregas, com isso muitas empresas não estão conseguindo cobrir suas vagas em aberto, mesmo tendo mais de 10 milhões de pessoas desempregadas”, diz.

Os menores salários pertencem ao setor de Alojamento e Construção, com R$ 1.493. Já a maior média salarial está nos Organismos Internacionais e outras Instituições Extraterritoriais, com R$ 6.523. Imagem: divulgação

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