Especialista alerta para riscos da falsificação de informações e dá dicas para se destacar em processos seletivos sem mentir

No dia 1º de abril não vale mentir no currículo
No dia da mentira, comemorado em 1º de abril, é comum contar inverdades em tom de brincadeira. Mas mentir no currículo, independente do dia, têm riscos e consequências sérias. Inventar uma experiência, aumentar níveis de conhecimento em um idioma ou ferramenta pode custar uma vaga no processo seletivo. Em caso recente, o ministro do Meio Ambiente do Uruguai, Adrián Peña, renunciou ao cargo após descobrirem que ele mentiu sobre a sua graduação.

“Transparência e honestidade são o melhor caminho para desenvolver uma boa relação entre recrutadores e futuros empregados. Durante o processo seletivo, qualquer interpretação negativa pode afetar a percepção de confiança que o recrutador tem de você, impedindo que conquiste o tão sonhado emprego”, explica Bruno Rizzato, diretor do app de vagas Trampolim.
O mesmo vale para recrutadores de empresas que tentam ‘vender demais’ a organização para os candidatos, e acabam aumentando ou distorcendo fatos, mentindo sobre o clima, processos e até mesmo mudança de função em relação ao combinado nas entrevistas. “A transparência e honestidade precisam acontecer dos dois lados. Toda relação profissional é uma troca e não há espaço para inverdades, ocultação de fatos e insegurança”, completa Rizzato.
Segundo o especialista, recrutadores tendem a confirmar todas as informações descritas no currículo em algum momento, seja por meio de fontes, testes ou atividades do dia a dia. Confira algumas mentiras conhecidas dos recrutadores e como contorná-las sem falsificar ou omitir informações.
Histórico profissional
Criar ou distorcer uma experiência profissional pode te queimar no mercado, já que em algum momento suas habilidades serão colocadas à prova. O melhor a fazer é colocar o cargo e as atividades corretas no currículo, nem para mais nem para menos. Se é o seu primeiro emprego, dê destaque a cursos, atividades voluntárias, projetos pessoais e descreva os aprendizados que acumulou com essas vivências.
Formação acadêmica
Caso esteja cursando uma graduação ou trancou a matrícula, não há mal em esclarecer essa informação no currículo, incluindo uma data de previsão para o término do curso. Assim o recrutador pode entender o seu interesse em concluir o curso. Se você não tiver nível superior, cite apenas o ensino médio e cursos extracurriculares aderentes à vaga que está concorrendo.
Conhecimento em idiomas
Aumentar seu nível de conhecimento em idiomas achando que terá mais chances de ser selecionado para uma vaga, não é opção inteligente. Se o conhecimento do idioma for necessário para a vaga, provavelmente você terá que demonstrá-lo durante o processo seletivo. Antes de se candidatar, se você tem dúvidas se o seu nível é básico, intermediário ou fluente, o indicado é realizar testes de proficiência em escolas especializadas.
Motivo do desligamento
Se a demissão não tiver ocorrido de forma voluntária, seja honesto e foque apenas em demonstrar as conquistas no emprego anterior, o que aprendeu e o quanto evoluiu com a experiência. Aponte ao menos duas experiências positivas e nunca fale mal da antiga empresa ou de colegas de equipe e antigos chefes. Ética profissional é um quesito chave na hora da escolha.

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