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5 dicas para obter sucesso na entrevista de emprego em inglês

Imagem: freepik

As oportunidades de emprego para quem fala inglês são cada vez maiores. Por isso  seja para vagas no Brasil ou mesmo remotas em outros países, aprimorar o inglês tem sido fundamental. No entanto, não é preciso perfeição no idioma para conseguir uma boa colocação. De acordo com a professora de inglês Carla D’Elia, Mestre em Linguística Aplicada pela USP e fundadora da SaveMeTeacher, existem cinco passos básicos que vão deixar qualquer um mais preparado para as entrevistas de emprego em inglês.

A primeira delas parece óbvia, mas muitas pessoas acabam deixando de lado sua própria história profissional. Aprender a falar sobre sua trajetória em inglês é fundamental. “Uma entrevista de emprego em inglês não é um concurso de gramática, nem tampouco de vocabulário sofisticado. Ela é uma oportunidade de curta duração para que o candidato possa provar para recrutadores que é o melhor profissional para o cargo”, explica Carla.

Segundo a professora, é importante saber falar sobre os locais onde já trabalhou e as responsabilidades em cada cargo, além de explicar suas conquistas e resultados. “É igualmente importante conseguir descrever a sua rotina de trabalho. Sabe aquelas perguntas como “Tell me about a moment you had to…” (Me conte um momento em que você teve que…). Se a pessoa estiver craque em falar sobre seu dia a dia profissional, fica mais fácil respondê-las. E isso é treinável. A pessoa pode praticar mil vezes em casa”, conta Carla. Outro passo importante é ir além das hards skills (habilidades técnicas) e aprender a falar sobre as soft skills, que são as suas habilidades profissionais mais humanas como se comunicar e liderar.

A segunda dica é não contar apenas com a memória. Mesmo aquelas informações sobre a nossa carreira que parecem estar super frescas na memória precisam ser treinadas por conta da questão emocional envolvida em entrevistas de emprego. E a melhor forma é se preparar. Listar todos os pontos relevantes para o cargo desejado e treinar os argumentos. Ter esse vocabulário na ponta da língua deixará o candidato mais confiante e seguro.

A terceira dica é estudar muito a descrição da vaga em inglês, se familiarizar com o vocabulário e entender o que a empresa está buscando. Além disso, o candidato deve  definir o que precisa revelar da sua experiência acadêmica e profissional. A ideia é ser persuasivo. A quarta dica é se libertar da ideia do inglês perfeito. Parece simples, mas é preciso vencer o medo de falar.

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“As emoções têm impacto na forma como a gente se comunica e isso altera a nossa performance. Devemos entender que isso é normal e acontece com todos. Quem ousa falar um idioma estrangeiro erra. E erros tendem a ser mais comuns quando estamos sob pressão, certo? E se, ao invés de se preocupar com deslize de pronúncia, o candidato se preocupar em mostrar que é um profissional excelente? A ideia é direcionar o olhar do entrevistador com respostas. Se elas forem persuasivas e inspiradoras, qualquer deslize linguístico perde a força. Entrevista de emprego não é exame de proficiência e a empresa só quer saber se você dá conta de fazer seu trabalho em inglês.”, pontua a professora.

A última dica é bem prática: grave vídeos respondendo às possíveis perguntas do entrevistador. Existem muitas técnicas de oratória em que se recomenda que a pessoa fale na frente do espelho para observar seus gestos e expressões faciais, por exemplo. “Acho essas estratégias interessantes, mas elas possuem uma limitação muito clara: a pessoa não consegue rever o que fez para realizar sua autoavaliação e entender o seu progresso. A câmera do celular, no entanto, tem mais poder”, conta Carla.

E, de fato, ao gravar o vídeo em casa o candidato consegue rever os pontos de sua argumentação e melhorar o que for preciso. Consegue ainda simular situações de desconforto, comparar uma gravação a outra para definir o progresso e, claro, se acostumar a se ver falando inglês, afinal muitas entrevistas são feitas em videoconferências.

“O ideal é o candidato assistir às suas gravações observando os pontos positivos e depois avaliar  o que pode ser melhorado. Reconhecer as conquistas contribui para a autoestima durante a preparação e dá gás para continuar se preparando e aprimorar o que for preciso”, conclui Carla

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