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Para 27% dos brasileiros e brasileiras, emprego dificulta planejamento familiar e vida da família, diz estudo

Imagem: pexels

A pressão por resultados, dentro das empresas, as mudanças tecnológicas e o aumento da concorrência profissional em um mundo cada vez mais globalizado são algumas questões que envolvem o trabalho, na contemporaneidade. Além disso, a busca constante pelo desenvolvimento pessoal e da carreira, as tarefas domésticas e, por vezes, a desigualdade na distribuição delas, bem como a falta de suporte social para o cuidado dos filhos e dos idosos, são elementos que costumam afetar a rotina de trabalhadores e famílias.

Especialistas no assunto alertam que todo esse cenário pode fazer com que as pessoas se esgotem física e mentalmente, a ponto de não conseguirem usufruir os filhos, o parceiro e seus interesses íntimos. Assim, todos — homens, mulheres, crianças, empresas — sairiam prejudicados, já que a relação trabalho-família é interdependente e, por isso, o desempenho em uma dessas esferas repercute diretamente no modo de viver a outra. E, pertinente a isso, o último estudo feito pela Famivita mostrou que para 27% dos brasileiros e brasileiras, o trabalho dificulta o planejamento familiar e a vida da família.

Conforme os dados coletados, especialmente aqueles na faixa etária entre 35 a 39 anos, responderam que o trabalho atrapalha, com 31%. As pessoas com filhos mostraram mais preocupação relacionada ao tema, com 30% ressaltando que o emprego dificulta, contra 23% daquelas sem filhos. Em relação às mulheres tentando engravidar, e grávidas, o nível de insatisfação com o trabalho foi de 17% e 27%, respectivamente.

Interessante destacar que entre os participantes que afirmaram não gostar das suas atividades laborais, 39% enfatizaram que o emprego dificulta a vida familiar; tal número foi de 23%, entre os que revelaram gostar.

As informações por estado deram conta que o Amapá é a localidade em que mais pessoas consideram que o emprego dificulta o planejamento familiar e a vida em família, com 40%, seguida pelo Rio Grande do Norte, com 35% e Distrito Federal, com 33%. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, esse número foi de 26% e 22%, respectivamente.

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Equilíbrio delicado

Encontrar a harmonia entre o ofício e a vida familiar, nem sempre é fácil: trata-se, muitas vezes, de uma tarefa quase impossível, especialmente para quem está se consolidando no mercado de trabalho. As exigências dos empregadores, a falta de flexibilidade nos horários e o medo, por parte dos trabalhadores, de represálias que possam culminar na perda do emprego são alguns dos principais motivos que impedem ou dificultam essa conciliação.

Inclusive, justamente pensando em eliminar o conflito entre esses dois mundos, foi criada em 2005, na Espanha, a certificação “Empresas Familiarmente Responsáveis” (EFR). Idealizada pela Fundação Másfamilia, uma entidade privada e sem fins lucrativos, a iniciativa propõe-se a apresentar soluções a questões vinculadas à vida profissional e familiar, bem como ao apoio à igualdade de oportunidades e à inclusão de grupos sociais menos favorecidos. Na atualidade, o movimento conta com mais de 600 organizações, certificadas em mais de 20 países.

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