*Por Ronaldo Bias Ferreira Jr., sócio-diretor da u.ma

Valorizar as diferenças é o segredo da abundância de idéias e soluções que uma corporação pode ter. Já a boa performance de resultados no trabalho inclusivo é uma das características das empresas que abraçam a diversidade. A soma das diferenças tem se mostrado algo fundamental, uma vez que nos aproxima da realidade da cultura que vivemos. Representadas de forma legítima pelas inúmeras pessoas que compõem o mercado brasileiro, as companhias conseguem entender os desejos e as dores do público e, consequentemente, entregam e vendem mais seus produtos e serviços.

A inclusão dentro das organizações vai muito além de ser algo “politicamente correto”, como vários imaginam. Esse não é o ponto – trata-se de uma vantagem competitiva. Em um mercado cada vez mais carente de candidatos interessados em desafios profissionais, os benefícios da diversidade incluem retenção de colaboradores, maior engajamento, atração de talentos, cultura organizacional sólida e menos preconceito. A criação da diversidade no mercado de trabalho inclusivo tem impacto positivo no desempenho de uma companhia, no envolvimento dos funcionários e na rentabilidade.

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Um estudo feito pelo Instituto Identidades do Brasil (IDBR) apontou que, para cada 10% de aumento na diversidade étnico-racial, ocorre um salto de quase 4% na produtividade das empresas. Além disso, para cada 10% de elevação da diversidade de gênero, verificou-se o acréscimo de aproximadamente 5% na produtividade dessas organizações. Na avaliação por setores econômicos, para cada um ponto percentual no incremento da diversidade étnico-racial das empresas de serviços, em média, a produtividade dos negócios aumentou em 0,19%. No caso das entidades que atuam no comércio, o aumento foi de 0,16% e, na indústria, de 0,15%.

Avanços em direção à diversidade e à inclusão vão além da busca por igualdade social e impactam substancialmente o desempenho financeiro das organizações, ampliando a performance mercadológica dos empresários em um sistema econômico cada vez mais competitivo e dinâmico.

Outro ponto é a reputação, que é afetada positivamente pela inclusão. O combate à discriminação é algo importante e as companhias que não estruturam políticas nesse sentido acabam ficando para trás e perdendo o destaque diante do crescente engajamento de grandes organizações à causa. A força de trabalho inclusivo protege as pessoas e os negócios e constrói uma boa imagem organizacional.

As empresas têm mais chances de ganhar reputação global ao demonstrar o compromisso com a diversidade, reforçando a marca e conquistando mais respeito por meio de boas práticas conectadas aos mercados e às pessoas das comunidades em que atuam.

Para as organizações que estão começando a estruturar essas práticas, é preciso letrar e educar suas equipes, demonstrando os benefícios e as vantagens de criar um time inclusivo. Ao iniciar esse debate, uma boa dica é promover webinars internos, workshops, rodas de conversa e palestras sobre o tema, inclusive com profissionais especializados em diversidade e inclusão no mercado de trabalho. Existe uma rede de apoio gigante e especializada a um clique de distância. Para participar, é só pesquisar e começar.

*Ronaldo Bias Ferreira Jr. é sócio-diretor da um.a Diversidade Criativa (https://www.linkedin.com/in/ronaldobias/ — https://linktr.ee/Ronaldobias). Formado em comunicação social e marketing, é empresário, empreendedor e fundador do programa de capacitação Mestre Diversidade Inclusiva (MDI), em parceria com a Pearson Educacional. É membro permanente do conselho da Associação Brasileira de Live Marketing (Ampro), colunista da Promoview e do Portal Eventos, e atua ampliando a voz de protagonistas como um forte aliado da diversidade, equidade e inclusão no mundo corporativo – E-mail: uma@nbpress.com.br

 

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