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Dia Internacional da Igualdade Feminina: Mulheres em cargos de liderança dão dicas de como abraçar a equidade no ambiente corporativo

Segundo a Grant Thornton, empresa global de auditora, mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil Solar Coca-Cola

Comemorado há 50 anos, o Dia Internacional da Igualdade Feminina foi instituído em 1973 em alusão a conquista do voto feminino nos Estados Unidos, fazendo referência à 19ª emenda constitucional do país norte-americano de 1920. De lá para cá, mulheres em todo o mundo enfrentaram e continuam enfrentando uma série de desafios para ocupar espaço e alcançar paridade nas mais diversas áreas. No que diz respeito ao ambiente corporativo, empresas privadas também vem buscando assumir o papel de promover representatividade em seus quadros de profissionais.

Para trazer dicas de como abraçar essa equidade nas companhias, as três Diretoras Regionais da Solar Coca-Cola, segunda maior engarrafadora do Sistema Coca-Cola do País, Fernanda Raizama, Cidinha Fávero e Renata Melo, compartilham seu conhecimento a frente de uma Companhia que está em 70% do território brasileiro. Com capilaridade ímpar dentro do Sistema Coca-Cola, a Solar também tem como força a liderança feminina em suas regionais, nas quais hoje, dentre as cinco regionais executivas que mantém, mais da metade são regidas por mulheres.

1- Garantir políticas igualitárias de RH desde a atração

Para Cidinha Fávero, Diretora Regional da Solar responsável pelos estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre, a preocupação com equidade tem que começar ainda na atração de talentos. Segundo a líder de 57 anos, sendo 30 destes dedicados ao Sistema Coca-Cola, as políticas igualitárias de Recursos Humanos são fundamentais nessa jornada de inclusão, diversidade e equidade.

“Para termos mais paridade entre mulheres e homens nas equipes de trabalho, compreendo que as companhias têm um papel fundamental nessa transformação social, principalmente partindo de lideranças, mas com foco também no RH. É preciso que o setor de Recursos Humanos possa promover políticas igualitárias de oportunidades de atração e recrutamento, e salários equiparados, estimulando que novos talentos, dos mais diversos grupos, possam almejar estar na empresa. Os processos seletivos precisam ser atrativos e inclusivos”, defende.

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2 – Compreender que lideranças são inspiração

Cidinha também destaca algo de sua trajetória pessoal que pode ser fundamental na hora de manter uma equipe com equidade: líderes servem de inspiração. A diretora conta que durante a carreira teve líderes mulheres que a inspiraram e serviram de exemplo para balizar seu trabalho. Por isso, Cidinha reforça que “apostar em líderes que possam exercer representatividade sobre o time, e inspirar os membros da equipe é fundamental para termos times engajados, e uma ambiente de trabalho com mais igualdade de oportunidades”.

“É importante também que tenhamos lideranças empáticas e abertas ao diálogo. Pessoalmente, entendo que o processo de liderança passa por estabelecer canais abertos ao diálogo construindo clima de confiança mútua com os times. Quando essa representatividade vem de cima, outras pessoas se sentem representadas e sentem que ascender na carreira é possível. Toda uma cadeia é estimulada aí, uma cadeia de transformação e mudança estrutural na companhia e consequentemente na sociedade”, conclui Cidinha.

3 – Construir um ambiente favorável à mulheres

No que diz respeito aos benefícios, ações que envolvem saúde e segurança do trabalhador, essas iniciativas precisam contemplar as mulheres, acolhê-las e propiciar um ambiente de trabalho com mais respeito e dignidade. É o que defende Renata Melo, que também é Diretora Regional da Solar. Nascida em Fortaleza (CE), a executiva iniciou a carreira no Sistema Coca-Cola em 2005. Desde então, vem galgando degraus e ocupando diferentes postos de liderança. Em 2017, a executiva foi designada para ocupar o cargo de diretora de logística, posteriormente assumiu o posto de diretora de Supply Chain e hoje coordena toda a regional que abrange os estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

Para a gestora, “é importante garantir iniciativas que contribuam para que estas profissionais se sintam valorizadas na companhia, criando um ambiente favorável para que elas possam exercer sua profissão e expandir talentos. Um exemplo é apoiá-las na maternidade e ampliar os direitos de paternidade, essas ações são mensagens importantes de equidade.”

4 – Priorizar a diversidade e inclusão na sua essência

Para Renata outro ponto fundamental é, para além da equidade, priorizar também a inclusão e a diversidade. “Nas empresas é importante reforçarmos a diversidade em sua essência, proporcionando inclusão para todos e cada membro do time, entendo que cada um tem sua competência técnica, suas experiências e contribuições para agregar”, explica.

Atualmente, a empresa conta com políticas de inclusão como o #EuIncluo, com foco prioritário nas questões de gênero, pessoas com deficiência, raça, LGBTQIA+ e gerações 50+. No que diz respeito à liderança feminina, a Solar tem a meta de atingir 40% de mulheres em cargos de liderança até 2030. Em 2023, a empresa conta 30% de postos de liderança ocupados por mulheres.

5 – Reconhecer e investir no potencial de mulheres 

Com mais de 14 anos no Sistema Coca-Cola, Fernanda Raizama é Diretora da Regional que abrange os estados da Bahia, Sergipe e Alagoas, na Solar Coca-Cola. A gestora, que conta com 20 anos de experiência em marketing em grandes empresas de serviços e bens de consumo, foi convidada no início de 2023 para assumir a liderança de uma das regionais mais estratégicas para a empresa. A mudança na jornada é mais que um lembrete, é a prova de que reconhecer o potencial feminino é fundamental e investir nessa potência é uma necessidade constante.

“Valorizar e possibilitar que o potencial feminino possa ser impulsionado é uma agenda que deveria ser superior a uma agenda de gênero, pois fala sobre esse senso humanitário de conseguir enxergar dentro das nossas equipes mulheres que estão passando por uma jornada de transformação e evolução. Dentro da realidade de liderança feminina, para mim essa é a base de sustentação de uma promoção ativa, pois precisamos lembrar que nós precisamos ser agentes da mudança dentro das corporações”, afirma.

“Vale destacar também o nosso papel individual enquanto agente de transformação. De termos essa postura de criar essa rede de apoio para outras mulheres crescerem, da mesma forma que a empresa precisa criar um ambiente que acolha, promova, desenvolve e que seja generoso com as mulheres. Se cada mulher tivesse noção da potência que ela carrega em si, ela daria mais valor no potencial de transformação que ela tem de tudo da vida dela e das pessoas que estão em torno dela. Toda mulher carrega em si essa potência de transformar as coisas, por essência”, conclui Fernanda.

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