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Número de pessoas ocupadas no setor de bares e restaurantes se aproxima do período pré-pandemia

Imagem: freepik

Dados da PNAD Contínua, divulgados nesta terça-feira (31), pelo IBGE, indicam que atualmente 5,53 milhões de pessoas trabalham no setor de alojamento e alimentação – no qual bares e restaurantes representam 90% das vagas; em 2019, eram 5,8 milhões

Divulgada pelo IBGE nesta terça-feira (31), a PNAD Contínua, índice que mede a quantidade de vagas formais e informais geradas no país, indicou que a quantidade de pessoas trabalhando no setor alojamento e alimentação – no qual bares e restaurantes representam 90% das vagas – é de 5,53 milhões, número que se aproxima do nível registrado em 2019: 5,8 milhões.

Ainda segundo os dados divulgados pelo Instituto, no terceiro trimestre de 2023, foram criadas 36 mil novas vagas no setor de bares e restaurantes, em comparação ao trimestre anterior. Só neste ano, são 208 mil novas pessoas trabalhando no mercado de alimentação fora do lar.

“O que temos observado é uma tendência de crescimento de empregos nos bares e restaurantes. Nosso setor foi o terceiro que mais empregou em termos proporcionais nos últimos 12 meses, com um aumento de 3,9%. É momento de traçarmos estratégias para que essa boa notícia se mantenha no horizonte próximo, pois em agosto tivemos uma queda na atividade em nosso setor, que ainda não se refletiu nos empregos. Mas a chegada do verão e das festas de fim de ano nos ajudam a ter uma perspectiva de que podemos manter o ritmo” afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

No Ceará, o presidente da Abrasel, Taiene Righetto, diz que o potencial de crescimento é ainda maior, mas esbarra na falta de mão de obra. “O setor passa por uma dificuldade enorme na contratação. No pré-pandemia, tínhamos cerca de 20 mil CNPJ no estado, e agora estamos com 45 mil e ainda assim com um número de colaboradores menor do que a pré-pandemia. Isso significa que mais que dobramos de tamanho, então precisaríamos ter o dobro de colaboradores. É importante esse crescimento, mas esse setor só não cresce mais por falta de mão de obra que possa suprir a ampliação de novos negócios”, avalia.

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Para os empresários, o crescimento no número de empregos formais também é um indicativo de melhora econômica no setor, que deve ficar mais aquecido pelas próximas semanas. Para Pedro Leite, CEO do Azilados Casa de Sanduíches, os números permitem manter o otimismo. Com 15 anos no mercado e crescimento de 10% previsto para 2023, a marca já se prepara para o aumento no volume de vendas na reta final do ano.

“A demanda para contratação no nosso setor tem crescido continuamente nos últimos meses, refletindo esse processo de retomada após os anos de instabilidade que enfrentamos. Os desafios ainda são muitos, mas com a proximidade da alta temporada, a expectativa é que a demanda aumente, o que vai refletir em mais oportunidade para aqueles que estão em busca de recolocação no mercado, gerando mais emprego e renda no país. Assim como esperamos esse crescimento, nosso objetivo também é que ele se mantenha, para que nosso setor siga avançando”, ressalta.

Empregos formais

O número de vagas com carteira assinada geradas no setor de alimentação fora do lar também é positivo. Segundo o Caged – índice que mede o número de vagas formais – foram 14 mil novas vagas geradas em setembro no setor de bares e restaurantes, o que representa uma variação de 0,88%.

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