Márcia Catunda
Coluna + Emprego

É possível dizer “não” ao chefe? Descubra a melhor maneira de abordar essa situação desafiadora

Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos do Pandapé, explica como enfrentar o dilema

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11 de março de 2024
Márcia Catunda

Muitos profissionais já se viram diante do dilema de discordar ou recusar uma solicitação do chefe, uma situação que pode ser delicada e desafiadora. Em busca de orientações sobre como gerenciar essa complexidade, muitos se questionam: “É possível dizer ‘não’ neste cenário”? E, em caso afirmativo, “qual é a melhor maneira de fazer isso?”.

É possível dizer “não” ao chefe? Descubra a melhor maneira de abordar essa situação desafiadora
Imagem: freepik

 

Segundo Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos do Pandapé, Software de RH do Infojobs, abordar essa questão de forma eficaz requer uma combinação de comunicação clara, empatia e estratégia: “Em determinadas circunstâncias, expressar discordância ou recusar uma tarefa pode ser não apenas aceitável, mas também necessário para a construção de relacionamentos saudáveis e produtivos”.

 

Dito isso, a especialista lista 4 estratégias para dizer “não” de maneira assertiva. Confira:

 

 

  • Seja transparente

 

Comunique suas razões de maneira clara, destacando como sua decisão está alinhada com o objetivo de contribuir efetivamente para a equipe e para a empresa. “Ser transparente sobre as razões por trás da decisão não apenas constrói confiança, mas também demonstra um compromisso genuíno com o sucesso da equipe”, observa Azevedo. Ao articular como a recusa está em sintonia com as metas organizacionais, os profissionais podem transformar uma negação em uma oportunidade de colaboração construtiva.

 

 

  • Ofereça alternativas e soluções

 

Apresentar alternativas e soluções é uma abordagem proativa que vai além da simples negação. Essa prática não apenas mostra comprometimento em encontrar respostas, mas também reflete uma dedicação intrínseca à resolução de problemas dentro da equipe. “Ao oferecer alternativas, você não está apenas rejeitando uma proposta; está contribuindo para a busca de soluções eficazes. Essa postura não só evidencia uma mentalidade orientada para resultados, mas também demonstra um compromisso com o sucesso coletivo da equipe”, afirma a especialista. Essa dinâmica colaborativa não só fortalece a equipe, mas também cria um ambiente de trabalho onde a inovação e a resolução de desafios são valorizadas.

 

 

  • Escolha o momento adequado

 

Encontrar o momento certo para expressar sua discordância é crucial. Isso não apenas demonstra sensibilidade às dinâmicas da equipe, mas também é crucial para garantir uma resposta mais receptiva por parte do chefe e dos colegas. Neste ponto, Azevedo alerta: “Expressar discordância em um momento de alta pressão pode ser contraproducente e impactar negativamente o ambiente de trabalho. Evitar abordar questões sensíveis durante momentos de estresse contribui para um diálogo mais construtivo, onde as emoções estão menos inflamadas e a mente está mais aberta à compreensão”.

 

A postura não significa adiar indefinidamente a comunicação. Pelo contrário, trata-se de identificar janelas de oportunidade, momentos em que a equipe ou o chefe estejam mais propensos a absorver informações de maneira positiva.

 

 

  • Demonstre empatia

 

Além dos aspectos práticos, a empatia desempenha um papel crucial ao expressar discordância ou recusar uma solicitação do chefe. A compreensão é uma ferramenta poderosa na gestão de conflitos e na construção de relacionamentos profissionais saudáveis. Demonstrar empatia em relação à posição do superior não apenas valida suas preocupações, mas também cria um ambiente onde ambas as partes podem colaborar para encontrar soluções mutuamente benéficas.”, observa Azevedo.

 

Segundo a especialista, a transparência, o oferecimento de alternativas, a escolha do momento adequado e a demonstração de empatia não são simples passos da comunicação profissional, mas a base para o sucesso do colaborador e da equipe: “Ao integrar esses elementos, não apenas gerenciamos efetivamente situações desafiadoras, mas também construímos uma harmonia de compreensão mútua. Dizer ‘não’ ao chefe, quando necessário, não é apenas uma ação assertiva, mas uma oportunidade para construir pontes, fomentar soluções e fortalecer as bases de uma cultura organizacional sólida e colaborativa”.

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